Júlio Pinheiro assumiu presidência da Câmara após renúncia de João Emanuel

O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB) terá que pagar as rescisões trabalhistas parceladamente. A Casa de Leis não possui orçamento aberto para empenhar o montante total de uma única vez. Por conta disso, as rescisões que encontram-se em aberto serão quitadas em até cinco vezes.

O petebista, entretanto, garante não deixar ninguém de fora. "Infelizmente não poderemos quitar boa parte das rescisões de uma só vez. O fato de não termos orçamento disponível nos impede de fazer isso. Mas apesar de pagar parceladamente, garanto que vamos quitar 100% das rescisões. O planejamento é fazer isso em até cinco vezes, mas se pudermos adiantar um pouco, faremos", esclarece.

Conforme Pinheiro, a primeira parcela foi paga juntamente com a folha de pagamento da Casa de Leis, empenhada no último dia 20. A segunda, deve ser paga no mesmo período deste mês. As rescisões somam aproximadamente R$ 600 mil.

Assim que assumiu o comando do Legislativo Cuiabano, Pinheiro detectou um déficit de mais de R$ 8 milhões. De lá para cá o parlamentar não mediu esforços para tentar de reduzir este impacto financeiro.  "Começamos o ano com grandes dificuldades. Assumi a Casa em um período de grave crise financeira. Consegui alguns avanços junto a Prefeitura e ao Tribunal de Contas, mas ainda assim não foi o suficiente para solucionar todos os problemas. Iniciamos o ano com um déficit de aproximadamente R$ 2 milhões. Agora estamos trabalhando pesado para nos adequar a esta realidade", pontuou.

A primeira medida tomada pelo presidente logo quando assumiu, foi a demissão de todos os servidores comissionados da Casa.  Isto possibilitou que o parlamentar honrasse  o pagamento do salário de dezembro e décimo terceiro dos funcionários.

Desta forma, para não inchar a máquina novamente, Pinheiro optou por nomear apenas três secretários para o auxiliar na sua gestão. Em contrapartida, irá aumentar o número de coordenadorias para dar agilidade ao trabalho. 

Os coordenadores, por sua vez, possuem uma remuneração inferior a de secretário. 

"Isso vai nos trazer uma economia de R$ 500 mil no final do ano", afirma. Além disso, o parlamentar também esta revendo todos os contratos da Casa de Leis.