O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, determinou a demissão do terceiro-sargento da Corporação, Edvan de Souza Santos, suspeito de participação em vários homicídios. Em um deles, o agora ex-militar foi sentenciado a perda do cargo, já que foi condenado a uma pena de mais de 25 anos de prisão.
Edvan foi condenado a 25 anos e 6 meses de prisão pela participação na morte da diretora do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Terezinha Silva de Souza, ocorrido no dia 6 de janeiro de 2021. À época, câmeras de segurança registraram o momento do crime. Quando a caminhonete em que Terezinha estava parou no semáforo, dois homens em uma moto pararam ao lado do veículo e efetuaram os tiros.
A vítima, que ocupava o banco do passageiro, foi atingida por sete tiros. Conforme o inquérito, Edvan era o piloto que conduziu a moto. Na sentença, o juiz da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, Leonardo de Araújo Costa Tumiati. determinou a perda do cargo público de policial militar. À época dos fatos ele atuava no Grupo Especial de Fronteira (Gefron).
Edvan também participou das mortes de Ederson Flávio de Castro, do irmão da vítima, Vanderson de Almeida Castro, e de Carlos Antônio Silva Araújo, todos em Pontes e Lacerda. Na execução de Ederson, segundo os autos, o ex-PM utilizou um uniforme da PJC ao lado de outros comparsas e foi até a casa de Ederson.
Depois de amarrar o pai, a mãe, o irmão e a cunhada da vítima, separando-os em cômodos da residência, Edvan levou Ederson até a parte externa da residência, o torturou e depois deu dois disparos em sua cabeça. As motivações do crime ainda são desconhecidas. Um dos indícios da responsabilidade do ex-PM nas execuções foi apontada no exame dos projéteis utilizados nos crimes, que saíram da mesma pistola 9mm, utilizada por Edvan, que recebia pelas mortes.
Na portaria em que determinou a demissão, o comandante-geral da PM justificou a decisão com base em um Processo Administrativo, que foi instaurado por conta da ordem judicial para cessação da remuneração em razão de perda do cargo público do terceiro-sargento. Caberá ao comandante do agora ex-militar fazer o recolhimento do material pertencente a Corporação.
“O comandante geral, no uso das atribuições que lhe confere, resolve demitir das fileiras da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso o Policial 3º SGT PM Edvan de Souza Santos, a contar do dia 19 de maio de 2025, cumprindo a determinação judicial exarada”, diz a decisão assinada pelo coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco.
The contender
Terça-Feira, 20 de Maio de 2025, 21h28