Cidades Sábado, 22 de Fevereiro de 2014, 09h:52 | Atualizado:

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RIO CUIABÁ

Chuvas constantes deixam moradores às margens em estado de alerta

 

Da Redação

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Ilustração

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Águas do rio Cuiabá chegam ao nível mais alto registrado este ano. Como resultado do período de fortes chuvas na Capital, altura do rio está aumentando a cada semana.

Para moradores ribeirinhos, os próximos dias serão de muita atenção e cuidado. Apesar da Defesa Civil negar qualquer risco de inundações e enchentes, cuiabanos estão em alerta.

Nesta sexta-fei-ra (21), o nível atingiu 5,45 metros, na Capital. Nos demais rios que banham a região da Grande Cuiabá, os índices também seguem altos.

Gerente de Monitoramento de Riscos e Desastres da Defesa Civil, Wilson Ribeiro da Silva explica que apesar do nível ter atingido seu ponto mais alto em 2014, os números ainda não devem preocupar tanto a população. Ele diz que a cota máxima do rio Cuiabá é de 8,5 metros e que somente quando chegar de 6,8 a 7 metros o alerta aos moradores é emitido. “Consideramos este índice como dentro do padrão. Porém, técnicos da Defesa Civil já estão em campo monitorando qualquer crescimento que possa provocar riscos. É o nível mais alto do ano, mas ainda não é um valor perigoso”.

Próximo ao rio Cuiabá, os índices de Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul da Capital) e Barão de Melgaço (113 km ao sul) seguem próximos à cota. No primeiro, o nível está em 8,52 metros, sendo a cota de 9,45 metros e no segundo, 5,92 metros com a cota de 6,80 metros.

Morando às margens do rio Cuiabá há mais de 30 anos, Francisco Mendes, 54, conta que a altura das águas deve aumentar progressivamente a partir da próxima segunda-feira (24). O comerciante relembra da enchente que a região enfrentou em 1994, quando a maioria das casas foi invadida pela força da água. “Foi tudo levado embora. Você via uma fila de casas com água até o teto, moradores tentando salvar o que podiam”.

Segundo Francisco, desde a construção da usina de Manso, o nível das águas nunca mais atingiu índices tão altos. Porém, do final de fevereiro até início de março, com a frequência de chuvas, moradores ficam em alerta. “A Defesa Civil passa aqui todo ano comunicando que há riscos de cheia. Nós prestamos atenção na quantidade de chuvas da cabeceira do rio para cá. Se lá estiver forte, é porque vai descer para cá forte também”.

A doméstica Cleonice Leite Pereira, 33, mora do bairro Praeirinho, na Capital, há 10 anos e já se mudou de casa depois de ter tido o imóvel invadido pelas águas do rio. “Eu morava em uma rua localizada em frente ao rio, que em um ano que choveu muito inundou tudo. Agora moro em uma mais distante, mas mesmo assim quando começa o período de chuvas, tomo muito cuidado”.

Cleonice diz que assim como ela, outros moradores também pensam em alternativas para evitar transtornos e tragédias. “Quem pode ir para outro lugar, leva a família e passa uns dias. Nas chuvas mais fortes mesmo, poucos moradores ficam aqui”.

Silva ressalta que há muitos anos Cuiabá não convive mais com a iminência de enchentes graves como vistas em décadas passadas. De acordo com o agente da Defesa Civil, para que isso acontecesse, a cidade teria que passar por um período de chuvas acima do normal. “Cenários como esses só com uma frequên-cia de chuvas por 10 dias consecutivos ou algo seme-lhante”.





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