A situação nas clínicas odontológicas de Várzea Grande ainda é crítica. Falta de insumos básicos para o atendimento à população, como gazes, álcool e até jaleco, é algumas das deficiências apontadas pelo Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT).

Até sexta-feira (28) desta semana serão realizadas fiscalizações nas clínicas do município. Mas, segundo o Conselho, até o momento o levantamento aponta que as mudanças foram mínimas, se comparada às análises realizadas no mesmo período do ano passado.

De acordo com a presidente do CRO-MT, Christiane Raso Tafuri, além dos antigos problemas, novos surgiram, dificultando ainda mais a assistência à sociedade. “Da maneira como encontramos os primeiros consultórios, é impossível desenvolver um atendimento de qualidade, inclusive esse é o motivo da desativação de muitos deles. Não adianta ter profissionais, se faltam materiais necessários para atendimento digno”.

Ela ressalta que os pro-blemas se estendem até a higienização dos consultórios. “Visitamos clínicas em que o ar condicionado é voltado para dentro do banheiro, o local estava cheio de moscas por problemas de saneamento. Chegamos até a encontrar esgoto passando na porta do consultório. Por falta de condições mínimas de trabalho, o atendimento em alguns consultórios se resume na prescrição de um analgésico e o encaminhamento para casa, o que piora ainda mais a situação”.

No ano passado, o CRO já havia realizado uma fiscalização e solicitado ao município algumas melhorias, já que o atendimento foi considerado precário pelo órgão. Neste ano, o Ministério Público pediu um novo relatório e deu o prazo de 60 dias, para que este seja entregue e haja um comparativo ao ano anterior.