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ISOLADOS

Construção de orla trouxe dificuldade para comerciantes em Leverger

 

GAZETA DIGITAL

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A placa que anuncia a construção da obra da Orla de Santo Antônio do Leverger (34 km ao Sul de Cuiabá) apresenta um prazo de 270 dias para a conclusão, com um contrato de 2022, porém, o espaço segue em obras. Os recursos anunciados na placa, de quase R$ 10 milhões, já foram ultrapassados e a previsão de entrega agora é para o mês de julho. O período de construção representou, para os comerciantes da avenida, um período de incerteza e dificuldade financeira. 

O contrato com a empresa para execução das obras foi assinado em novembro de 2022. O prazo previsto para entrega era 270 dias, porém, mais de dois anos depois, a obra segue sem inauguração. Desde o início das obras, comerciantes da região sofreram com o isolamento que elas trouxeram. Tapumes que cercavam o espaço em construção, cercaram também a entrada de comércios localizados na Avenida Beira Rio. 

O proprietário de um desses espaços, que optou por não se identificar, foi um dos afetados e relatou que hoje já sente esperanças de que o local volte a ser lucrativo com o final das obras, mas sentiu o peso da construção, com marcas financeiras que existem até hoje. De acordo com ele, o movimento e lucratividade do local foi diminuído em cerca de 80%. 

“Eles colocaram um tapume na porta do comércio fechando aqui. Tirava totalmente a visão dos comércios de toda orla, de todos os restaurantes. Teve um restaurante lá que teve que fechar que não tinha acesso. Uma colega fechou as portas por dois anos. Eles arrancaram as árvores que tinham na Avenida Beira Rio, tinha até um tarumeiro centenário aqui. Acabou que prejudicou todo mundo aqui em volta que tinha algum tipo de comércio”, relembrou o comerciante. 

Durante dois anos, ele sentiu a insegurança por não saber quanto tempo a obra ainda duraria e não saber se conseguiria sustentar o comércio. Ele relatou que a situação não foi vivida apenas por ele, mas também por colegas que também tinham comércio na região. 

Hoje, com a expectativa de lançamento da obra, ele espera que seu comércio seja valorizado e as vendas voltem a aumentar além da forma como eram antes. Embora ele veja uma melhora, ainda existem os prejuízos financeiros resultantes dos dois anos em que ele sofreu com a diminuição dos clientes e que precisam ser pagos e cobertos. 

Ele relatou que, no início, foram realizadas tentativas com políticos de conseguir uma forma de subsídio ou auxílio para auxiliar na segurança financeira de quem sobrevivia do comércio local, porém, todas as tentativas foram frustradas. 

“Nossa, acho que talvez foi um período mais difícil do que a pandemia para gente. Porque na pandemia foram alguns meses fechados. Agora não. Não cumpriram um prazo e a gente pedia alguma coisa, alguma informação e não recebia nada”, comparou. 

A obra é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), na região da praia de Santo Antônio, acompanhando o rio que banha a cidade. A orla terá uma área total de 12,8 mil metros quadrados e traz a promessa de ser um espaço de convivência para fomentar o turismo e movimento na região, sendo possível utilizar até no período noturno.

O orçamento da obra, que antes era de R$9.924.346,40, tem a expectativa de terminar a construção com o valor gasto de R$12,3 milhões, quase R$3 milhões a mais que o planejado. O GD entrou em contato com a Sinfra, que confirmou a entrega do projeto para julho, mas não se manifestou sobre as causas do atraso, bem como os motivos na diferença do orçamento e do valor gasto até o momento com a construção.





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