Cidades Terça-Feira, 19 de Março de 2019, 08h:34 | Atualizado:

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R$ 5 MIL

Cremação já é uma opção em Cuiabá

 

JOANICE DE DEUS
Diário de Cuiabá

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Cada vez mais as pessoas optam pela cremação. Os motivos vão desde uma atitude ambientalmente correta até o desejo de ter suas cinzas lançadas em um lugar especial. Em Cuiabá, este tipo de processo funerário vem sendo feito desde novembro do ano passado com a inauguração do primeiro crematório de Mato Grosso. Desde então, 10 corpos já foram cremados. 

O serviço foi criado a partir de uma parceria da Pax Nacional Prever com o Cemitério Parque Bom Jesus e tem como proposta oferecer atendimento e espaço de primeiro mundo a preços acessíveis. O investimento é da ordem de R$ 5 milhões. 

Conforme o diretor da Pax Nacional, Nilson Marques, a quantidade de cremação está dentro do esperado até porque, até o momento, não houve nenhum tipo de publicidade sobre o serviço. Mas, a expectativa é que a procura pelo processo aumente a exemplo de outras cidades, como Maringá (PR) onde em 12% dos falecimentos vêm sendo optado pela cremação e, em Porto Alegre (RS), onde o índice chega a 30%. 

Para a cremação, há exigências legais que precisam ser seguidas tanto para os casos de morte natural ou violenta. Uma delas é que seja assinado atestado de óbito por dois médicos ou o médico legista e que a pessoa tenha autorização em vida. “Se ela não tiver, a família, no caso um membro mais próximo, tem que autorizar informando que a pessoa tinha vontade de ser cremada”, explicou Marques. 

Com a autorização, o velório acontece normalmente e a família pode escolher em fazer a despedida na residência ou na capela como de costume ou ainda no salão de cerimônias que há no novo espaço. Após, o corpo é encaminhado para cremação e a família poderá receber as cinzas no mesmo dia ou no dia seguinte, dependendo do horário, e dar a elas o destino que desejar. 

Este é o caso do cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, que morreu após ter sido atropelado no fim de dezembro passado, na Avenida Isaac Póvoas, região central da capital. Após a despedida de familiares e amigos, o corpo do jovem foi cremado. 

O procedimento funerário é feito com tempo de 2h30 a 3 horas. Na câmara principal, o processo atinge aproximadamente 1.000 graus centígrados e pode chegar 1.200 graus na câmara secundária onde queimam os gases. “Isso é monitorado por equipamentos e é montado relatório das emissões de gases para ser entregue a Sema e que prova que não está havendo nenhum tipo de agressão ao meio ambiente”, informou. 

De acordo com Marques, a cremação polui menos que um cigarro ou que uma motocicleta ao trafegar 100 metros. “O impacto é praticamente zero, lógico que funcionando adequadamente e dentro das normas”, frisou. 

O processo funerário também acaba por ficar mais barato que o sepultamento convencional, que tem taxas para manutenção. Na capital, a cremação sem o cerimonial (violino e chuva de pétalas de rosas, por exemplo) no salão do espaço sai por R$ 3.890. Com o cerimonial, o valor é de R$ 4.880. 

O crematório funciona no Cemitério Bom Jesus de Cuiabá, no bairro Parque Cuiabá, e conta com toda autorização dos órgãos competentes, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). 

PLANO – Ainda ontem, a Pax Nacional estaria lançando o plano para cremação. Quem já tem o plano convencional da empresa e estiver interessado poderá aderir ao processo por meio de um aditivo no contrato e mais R$ 6,00. Para novos contratos, a pessoa poderá fazer a escolha que desejar. “Pode fazer a opção que quiser, com ou sem cremação. Não fazemos venda casada”, frisou.

 





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