Cidades Quinta-Feira, 12 de Junho de 2025, 18h:45 | Atualizado:

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MENTE PERITA

Ex-servidor acusa perita por forjar laudo e exigir R$ 2 milhões em MT

Laudos seriam falsificados numa disputa de terra de R$ 50 milhões

Da Redação

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luciana- mente perita

 

Alvo da Operação Mente Perita, o ex-perito Thyago Jorge Machado negou participação no esquema de falsificação de laudos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) investigado na ação policial. Ele, em uma manifestação, inclusive apontou que a responsável pelo documento seria a servidora Luciana Dias Corrêa de Oliveira, que também teria sido alvo dos agentes. Ela é perita criminal efetiva na Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e tem um salário de R$ 41,6 mil.

A Polícia Civil deflagrou na manhã da última terça-feira (10), a Operação Mente Perita, para cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra Thyago e Luciana, com foco em investigações relacionadas a possíveis fraudes em laudos periciais em um processo cível, relacionado à propriedade de terras. As ordens judiciais, expedidas pela Vara Criminal de Sorriso, tinham como alvo uma servidora pública da Politec e um ex-perito do órgão que foi demitido em razão de supostas condutas ilícitas.

A investigação teve início após denúncia de uma vítima, que foi procurada pelo ex-perito, identificado como sendo Thyago Jorge Machado, que solicitou R$ 2 milhões, para que fosse fraudada uma perícia realizada em um processo judicial, que valores em torno de R$ 50 milhões, no qual sua comparsa foi nomeada como perita do juízo. Ele é irmão da advogada e servidora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Thays Machado, assassinada pelo empresário Carlinhos Bezerra, em 2023.

Em uma nota, ele afirmou que a perita nomeada na ação seria Luciana Dias Correa de Oliveira, que é servidora efetiva da Politec, negando que tenha qualquer tipo de ligação com ela. Segundo a manifestação de Thyago Jorge Machado, se houve algum acesso indevido a documento sigiloso no âmbito da Polícia Técnica, a ação só poderia ter sido praticada com alguém vinculada ao órgão.

“A perita nomeada pelo Juízo é a senhora Luciana Dias Correa de Oliveira, servidora concursada da Politec. Conforme relatado, caso tenha havido acesso indevido a um documento sigiloso dentro da Politec — suposto objeto da investigação — tal ação só poderia ter sido praticada por alguém com vínculo com o órgão. Nesse contexto, considerando que a apuração envolve apenas duas pessoas, sendo uma delas integrante da instituição e a outra não, infere-se que a responsabilidade recairia, em tese, sobre a referida perita”, afirmou ele.

Durante o cumprimento das buscas na casa de Thyago, foi apreendida uma pistola 380 com 82 munições intactas, além de um aparelho para contagem de cédulas. Em relação às buscas contra a servidora, nada ilícito foi encontrado em sua residência, sendo apreendidos apenas o seu aparelho celular e notebook.

Thyago, que foi exonerado da Politec após uma investigação sobre falsificação de laudos, onde ficou constatado que ele forjou um laudo relativo ao atropelamento do verdureiro Francisco Lucio Maia, em abril de 2018 pela médica Letícia Bortolini. O documento feito pelo servidor teria plagiado um que havia sido emitido em 2014.

Na época dos fatos, o funcionário do Estado estava afastado por licença qualificação, porém trabalhava como responsável técnico de uma empresa forense. O servidor passou por Processo Administrativo Disciplinar (PAD) onde ficou constatada a conduta irregular. Ele foi exonerado pois estava de licença para uma qualificação, mas continuou atuando em empresa particular, mesmo sendo servidor. Em sua manifestação, nesta quinta, ele negou qualquer ligação com a servidora alvo da operação.

“Esclareço que não tenho qualquer relação pessoal ou profissional com a perita Luciana. Também não atuei como perito ou assistente técnico no processo de nº 0001713- 07.2017.8.11.0107, em trâmite na Vara Única de Nova Ubiratã, no qual ela apresentou o laudo técnico. Se a investigação trata de eventual falsificação ou adulteração de laudo judicial, subentende-se que o documento em questão seja o elaborado e entregue pela perita criminal Luciana Dias Correa de Oliveira”, concluiu.





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Comentários (3)

  • Rodrigo

    Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 12h30
  • Muitos criticam os salários do funcionalismo público sem conhecer a realidade. O problema não é que o servidor ganha demais, mas sim que a iniciativa privada paga pouco (explora seus trabalhadores). Cargos como o de Perito Oficial Criminal exigem alta qualificação, responsabilidade e embasamento científico (aplicado - laudo pericial é artigo científico, não tem blá blá e ou opinião que não seja científico, por isso o mérito do laudo pericial ser a rainha das provas num processo na justiça. São funções essenciais para o sitema de justiça e não podem ser desvalorizadas por causa da conduta isolada e de um processo (não julgado) de um ou outro servidor. Antes de opinar, é preciso entender, conhecer o esforço, estudo e importância envolvidos para se ocupar um cargo desses. "Trabalhadores do mundo: uní-vos! Parem de ficar achando que a culpa do seu baixo sálario é da outra categoria de trabalhadores, vamos levar a sério as eleições pelo amor de Deus, povo alienado!
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  • Opinião pessoal e sincera

    Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 08h19
  • Um perito ganhar R$ 41 mil, não é a toa que as benesses do funcionalismo PuTrico estão acabando com o país.
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  • Igor Maciel

    Quinta-Feira, 12 de Junho de 2025, 23h37
  • Antes de se expor alguém a uma operação policial, deve se ter cautelosa, imaginemos se essa perita for inocente? O estrago que foi feito na vida dela, como que fica? o princípio da inocência e do trânsito em julgado previsto na Constituição Federal deve ser respeitado.
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