A defesa da empresária Fabíola Cássia Garcia Nunes apresentou ao Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) um pedido de celeridade no andamento da investigação contra o delegado da Polícia Civil, Bruno França Ferreira. Os dois protagonizam um embate judicial após o agente ter invadido a casa da empresária no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá, em novembro de 2022.
Na ocasião, Bruno França arrombou a porta da casa alegando estar em cumprimento de uma “prisão em flagrante” em descumprimento de uma medida protetiva em favor de seu enteado. A confusão teve início tempos antes após um desentendimento entre o filho da empresária e o enteado do delegado no condomínio Alphaville 1, região nobre da Capital.
A manifestação ocorre 11 dias após o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) oferecer denúncia contra Fabíola por perseguir o adolescente. A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça, Anderson Yoshinari Ferreira da Cruz, e foi oferecida no último dia 17 de julho e por ter sido cometida contra um adolescente, a empresária pode ter a pena aumentada.
Na última sexta-feira (28), a defesa de Fabíola argumentou que o Ministério Público já se manifestou, há mais de um mês, pedindo o prosseguimento de uma investigação que apura um suposto crime de injúria cometido pelo delegado e que a demora gera “sensação de impunidade” e “descrédito na justiça”. Além disso, ainda conforme a defesa, provas e imagens coletadas não deixam dúvidas sobre a gravidade dos atos cometidos por Bruno França Ferreira, evidenciando uma “brutalidade criminosa imposta”.
"As vítimas e a sociedade cobram respostas do Poder Judiciário, com urgência. Sendo assim, aguarda-se o andamento célere do presente, para o normal prosseguimento do feito, para não cair no esquecimento, e ao final faça-se a mais lídima justiça", traz a manifestação.
O CASO
Devido à confusão entre os adolescentes iniciada no Condomínio Alphaville 1, o delegado Bruno França invadiu a residência da empresária, que se mudou para o Condomínio Florais dos Lagos, para a ameaçar e xinga-la. O episódio foi registrado por câmeras de segurança da casa da mulher, no dia 28 de novembro, que flagraram a entrada do policial civil juntamente com três agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE)
As imagens mostraram que o policial esmurrou a porta até que ela fosse arrombada e, armado, ordenou que todos da residência se deitassem no chão, chegando a assustar uma criança, que começou a chorar desesperadamente. Contudo, câmeras de segurança do condomínio confirmaram a versão do adolescente de que era perseguido pela empresária. Em uma das imagens, a mulher aparece parada, ao lado da quadra do complexo residencial, e quando avista o jovem, parte para cima dele.
Após todo o caos gerado no condomínio de luxo, o delegado ainda se envolveu em outra polêmica com a defesa da empresária, o advogado Rodrigo Pouso na delegacia. O jurista alega abuso de autoridade por parte de França. A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT) - chegou a emitir nota de repúdio ao tratamento que o delegado teve com o advogado, que posteriormente pediu seu afastamento à Corregedoria da Polícia Civil. Bruno reassumiu suas funções no dia 1º de fevereiro, após 60 dias afastado.
Hobbes
Terça-Feira, 01 de Agosto de 2023, 09h48Cuiabano
Terça-Feira, 01 de Agosto de 2023, 05h05Cpa
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 21h47CIBELI
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 16h23povo
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 14h50Jose indignado
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 14h13nilton
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 13h57wagner valdir
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 13h46Na moral
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2023, 13h11