Cidades Terça-Feira, 25 de Abril de 2023, 18h:07 | Atualizado:

Terça-Feira, 25 de Abril de 2023, 18h:07 | Atualizado:

FORA DA TROPA

Estado demite cabo da PM reprovado em psicológico de concurso; salário era R$ 9 mil

Demissão foi assinada pelo chefe da corporação e publicada no Iomat

DIEGO FREDERICI
Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

fardamento, farda, PMs

 

O comandante-geral da PM de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, publicou a demissão do cabo PM, Alex Júnior Silva de Camargo. Ele realizou o concurso para ingresso na Polícia Militar no ano de 2009 mas foi reprovado no exame psicológico. Decisões judiciais conseguiram com que ele fosse aprovado no teste, acarretando em sua entrada na PM onde esteve até recentemente, quando um julgado do Poder Judiciário Estadual determinou sua exclusão.

A demissão foi publicada nesta terça-feira (25). O ex-cabo PM tem até 5 dias para entregar sua arma, fardamento e funcional da Polícia Militar ou comunicar eventuais motivos que o impeçam.

“Determinar ao Comandante do ex-militar, que realize o recolhimento do fardamento e dos apetrechos que pertença a Fazenda Pública Estadual e que estejam sob a posse do Ex-CB PM Alex Junior Silva de Camargo, remetendo ao Setor de Identificação da PMMT (RGPMMT) e a SALP (apetrechos da fazenda pública), tendo para tanto o prazo de 05 dias após a publicação em Diário Oficial”, diz trecho da publicação.

De acordo com informações do processo, Alex Júnior Silva Camargo reclama que foi reprovado por "critérios subjetivos" no exame psicológico para ingresso na PM de Mato Grosso, de um concurso público realizado no ano de 2009. No ano de 2013 ele obteve uma decisão liminar que o autorizou a fazer parte das fases seguintes da disputa, acarretando posteriormente em seu ingresso na Corporação.

“Alega que foi aprovado na primeira fase com prova objetiva, segunda fase com exames médicos e odontológicos e na terceira fase com o teste de aptidão física, e que na quarta fase, que trata de exame psicotécnico constava apenas a informação ‘não recomendado’ sem que estivessem declinados os motivos que levaram sua reprovação. Argumenta que o espaço destinado ao recurso administrativo contra este resultado detinha somente 1024 caracteres, impossibilitando dessa forma a exposição de motivos do recurso”, diz o processo judicial.

A primeira derrota do ex-cabo PM na justiça ocorreu no ano de 2017, quando a primeira instância do Poder Judiciário de Mato Grosso determinou sua demissão da Corporação. Desde então ele vinha tentando se manter nas fileiras beneficiado com decisões judiciais precárias – sem análise de mérito por turma colegiada do TJMT.

Até março deste ano ele constava na folha de pagamento, disponível no portal transparência do Governo do Estado, com salário mensal de R$ 9,8 mil. 





Postar um novo comentário





Comentários (4)

  • Sociedade hipocrita

    Quarta-Feira, 26 de Abril de 2023, 10h09
  • Aí, se o Estado resolvesse não demitir o cabo e ele cometesse alguma atrocidade, seria inimputável pela alegada incapacidade psicóloga. E todo mundo ia cair de pau em cima da PM.
    2
    0



  • Celina

    Quarta-Feira, 26 de Abril de 2023, 08h44
  • Cabe ao Estado aposenta-lo, mesmo porque tudo tem que ser analisado principalmente a conduta do rapaz, e já passou o o teste probatório, ele é servidor do Estado.Se eu fosse ele, recorreria e solicitava uma teste psicológico que seja imparcial.
    3
    3



  • FERNANDA

    Quarta-Feira, 26 de Abril de 2023, 07h39
  • deixa o cara trabalhar, olhem para tras e vera o tanto, que nem deveria estar na corporacao.
    2
    3



  • Geraldino Gomes da Silva

    Terça-Feira, 25 de Abril de 2023, 19h47
  • Tá ai a importância de um bom advogado que esteja atualizado e seja especialista nos assuntos que trabalha. O mundo do direito é enorme e contém inúmeros ramos: família, empresarial, previdenciário... Advogado bom não abraça o mundo , se especializa em um ramo e fica afiado! São raras exceções que tem dominio amplo e trabalha em múltiplos ramos. Há diversos julgados semelhantes a esse de reprovação no psicotécnico em que de fato comprova-se a subjetividade me exames psicotécnicos de concursos militares. Porém, o juiz considera primeiramente o que está sendo requerido no processo e o embasamento do advogado. Se a peça não é redigida de forma sólida com exemplos concretos e demonstrações claras e objetivas da subjetividade da avaliação, nenhum juiz acata o pedido. Advogados cobram de magistrado que realmente muitas vezes são péssimos e julgam no automático sem respeitar os precedentes, porém ele deve saber exercer com excelência sua função no processo. Triste para esse rapaz que, por leis fracas e vazias acabam permitindo esse tipo de ocorrência. Fico vendo como é falha essa análise. Lembram do delegado da civil que invadiu a casa de um condomínio de luxo e apontou arma pra criança ameaçando-a? Pois é, ele passou no psicotécnico!!! E ai? Como fica isso? E não vai acontecer nada pelo que fiquei sabendo.. tem costa quente e vai pro interior esperar esfriar.. E isso senhores.. faz parte do jogo...
    53
    3











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet