Cidades Quarta-Feira, 22 de Julho de 2015, 23h:05 | Atualizado:

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Ex-secretário nega gastos com remédios vencidos em VG

 

CAROLINA HOLLAND
G1

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O ex-secretário de Saúde de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Daoud Abdallah, negou que tenha havido compras de remédios com prazo de validade vencido ou próximo de vencer na gestão dele à frente da pasta, entre março de 2014 e abril de 2015. Na última semana, a prefeitura do município abriu procedimento para apurar a perda de 400 mil medicamentos vencidos encontrados no Centro de Abastecimento e Distribuição de Medicamentos (Cadim).

Abdallah fez parte da gestão do prefeito Walace Guimarães (PMDB), que teve o mandato cassado no último mês de abril após ser condenado por um juiz eleitoral por compra de votos. A gestão atual do Poder Executivo municipal diz que os remédios foram comprados entre 2012 e 2014 e em quantidade acima da necessária.

"Não fizemos estoque de medicamentos. As nossas compras eram em quantidade suficiente para até 45 dias nas unidades de saúde como o Pronto-Socorro e postos de saúde da família (PSFs). E o que foi adquirido tinha prazo de pelo menos 18 meses para o vencimento", disse.

Abdallah falou ainda que no início do ano a prefeitura chegou a rejeitar lotes de remédios de uma empresa porque os medicamentos iriam vencer em três meses.

"Não aceitamos o remédio e não pagamos por eles. Depois, a empresa entregou novo lote, mas dessa vez com prazo de validade dentro dos padrões. Só que não sei se esses medicamentos vencidos ainda estão lá no estoque. Quando eu deixei a prefeitura, ainda estavam lá", afirmou.

Abdallah disse que entre 90% e 95% desses medicamentos encontrados fora do prazo de validade eram de gestões anteriores à dele na Secretaria de Saúde do município. "Em abril de 2012 mesmo teve um secretário que denunciou que havia remédios vencidos em Várzea Grande", disse. Naquela ocasião, foram encontrados mais de 20 mil itens com data de validade vencida.

Os 5% de remédios restantes, admitiu, podem ter vencido durante a gestão dele. "Mas isso é dentro da margem de perda normal", afirmou o ex-secretário. A prefeitura chegou a abrir licitação para incinerar todos os lotes com prazo de validade expirado, mas não foi concluída por questões burocráticas, afirmou.

Abdallah disse ainda que o município de Sorriso doou remédios à prefeitura de Várzea Grande em 2014 e 2015, e que isso é uma prática comum para evitar perdas. Porém, ele disse não saber se esses itens estão atualmente vencidos ou próximos de vencer. Mas, afirmou que, por se tratar de doação, a prefeitura não teve gastos com esses medicamentos.

Na semana passada, a prefeitura de Várzea Grande anunciou que iria abrir procedimento administrativo para apurar a perda de cerca de 400 mil remédios vencidos, assim como insumos hospitalares fora do prazo de validade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os remédios foram adquiridos em quantia acima da necessária.





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