Cidades Terça-Feira, 16 de Julho de 2024, 10h:03 | Atualizado:

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RAGNATELA

Gaeco denuncia 14 por ligações com CV; influencer, DJ e vereador escapam em MT

Tendência é que novas fases sejam realizadas

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) ofereceu nesta segunda-feira denúncia contra 14 suspeitos investigados na Operação Ragnatela, deflagrada no último dia 5 de junho, e caso a acusação seja recebida, poderão se tornar réus por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. O documento, assinado pelo promotor de Justiça, Adriano Roberto Alves, deixou de fora da peça seis nomes que haviam sido indiciados pela Polícia Federal, como a influencer Stheffany Xavier de Melo Silva e o DJ Everton Marcelino Muniz, o “Everton Detona”.

Também não faz parte da denúncia o vereador Paulo Henrique (MDB). Ele foi alvo da operação e está sendo investigado num inquérito desmembrado.

Já o também vereador Marcus Brito (PV) também foi citado no inquérito. Ele não foi denunciado, mas aparece num gráfico de ramificações da organização feito na petição pelo Gaeco.

A Operação Ragnatela tinha como objetivo desarticular o núcleo da maior facção criminosa do estado de Mato Grosso, responsável por lavagem de dinheiro em casas noturnas cuiabanas, entre elas o Dallas Bar e o Strike Pub. Com uso dessa estrutura, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pelo Comando Vermelho, em conjunto com um grupo de promoters.

Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e afastamento de cargos públicos, para desarticular um núcleo da facção responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas. Ao deflagrar a operação, a Polícia Federal apontou que os investigados teriam movimentado pelo menos R$ 77 milhões.

As investigações apuraram que os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias deliberadas pela facção criminosa. Durante as apurações, identificou-se também esquema para a introdução de celulares dentro de presídios, bem como a transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado que se encontrava em liberdade.

Foram denunciados Ana Cristina Brauna Freitas, Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, Clawilson Almeida Lacava, Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Lauriano Silva Gomes da Cruz, Matheus Araújo Barbosa, Rafael Piaia Pael, Rodrigo de Souza Leal, Willian Aparecido da Costa Pereira e Wilson Carlos da Costa.

O MPE detalha a função de cada um dos membros da organização criminosa. “Diante o exposto, o Ministério Público De Mato Grosso, por intermédio do Promotor de Justiça que compõem o Gaeco – Grupo de Atuação Especial de combate ao Crime Organizado, oferece a presente denúncia e requer a condenação dos denunciados, nos termos da ação penal em epígrafe, com a consequente aplicação de pena suficiente e necessária à prevenção e reprovação dos ilícitos praticados”, diz a denúncia obtida com absoluta exclusividade pelo FOLHAMAX.

Outras seis pessoas haviam sido indiciadas pela Polícia Federal, mas ficaram de fora da denúncia oferecida pelo Gaeco e foram inocentados: Antidia Tatiane Moura Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Everton Marcelino Muniz (DJ Everton Detona), Renan Diego dos Santos Josetti, Stheffany Xavier de Melo Silva e Vinicius Pereira da Silva.

A operação teve como alvo, ainda, o vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB), que teve contra ele expedido um mandado busca e apreensão. Ele era suspeito de atuar em benefício do grupo, na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros, mas ficou de fora dos que foram indiciados pela Polícia Federal.

OS DENUNCIADOS

ANA CRISTINA BRAUNA FREITAS – vulgo ANNA, membro do grupo G12, com a função de organizar e promover shows financiados.

AGNER LUIZ PEREIRA DE OLIVEIRA SOARES – coordenador de operações, responsável pela rentabilidade dos lucros obtidos com os shows e venda de entorpecentes, através de empréstimos a juros abusivos, bem como pelo fornecimento de veículos ao grupo

CLAWILSON ALMEIDA LACAVA – vulgo Gauchinho, faccionado sem função identificada, realizou a venda do estabelecimento comercial Dallas Bar para Joadir, vulgo Jogador.

ELZYO JARDEL XAVIER PIRES – membro do grupo G12 e da facção criminosa “Comando Vermelho”, embora sem função identificada, atuando na organização de eventos e corrupção de agentes públicos

JOANILSON DE LIMA OLIVEIRA – vulgo Japão, ocupando a função de braço operacional da facção “Comando Vermelho”

JOADIR ALVES GONÇALVES – vulgo Jogador ou Veio, ocupando o cargo de liderança da facção “Comando Vermelho”

JOÃO LENNON ARRUDA DE SOUZA – ocupa a função de “testa de ferro” da facção “Comando Vermelho”,

KAMILLA BERETTA BERTONI – membro do grupo G12, responsável pela realização de shows em casas noturnas de Cuiabá e responsável financeira sobre os eventos

MATHEUS ARAUJO BARBOSA – ex-membro do grupo G12, ocupando a função de promoter, vendendo ingressos e camarotes

RAFAEL PIAIA PAEL – membro do grupo G12, participando da organização de eventos realizados pela ORCRIM para lavagem de dinheiro

RODRIGO DE SOUZA LEAL – membro do grupo G12, atuando como promoter e responsável pela realização de eventos financiados pela ORCRIM Comando Vermelho e ainda, atua na corrupção de agentes públicos

WILLIAN APARECIDO DA COSTA PEREIRA – vulgo Gordão, atua como “testa de ferro” de Joadir, vulgo Jogador, sendo responsável por todas as transferências e custeio de cunho pessoal de Jogador 

WILSON CARLOS DA COSTA – membro do grupo G12, atuando como organizador de eventos e promoção dos shows realizados pela ORCRIM





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Comentários (2)

  • João

    Terça-Feira, 16 de Julho de 2024, 18h32
  • Que imoralidade deixar esses sujeitos de fora da denúncia.
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  • Maria do Carmo

    Terça-Feira, 16 de Julho de 2024, 14h06
  • ALO GAECO, ALO PF, ALO MPF....se apurar tem um bar, ou casa de samba, ou casa de pagode famosinha no coxipo, na regiao do Shangrila..ali tem de tudo: mercurio, cervejaria, secretaria de saude e encontro desses ditos "empresarios do entretenimento"....é so dar uma apurada que descobre muita coisa......foto deles esta ai pra quem quiser ver
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