Secretário titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Gilberto Figueiredo confirmou na manhã desta segunda-feira (06) uma morte ocorrida no Hospital Julio Muller, em Cuiabá. Ele não afastou a possibilidade de que o óbito tenha ocorrido por Covid-19.
Conforme informado oficialmente, o paciente era do sexo masculino e estava internado com problemas pulmonares, febre e dores no corpo. O Julio Muller é o hospital público referência no tratamento de pessoas infectadas com a sétima cepa do coronavírus.
O nome do paciente, idade, profissão e local de moradia não foram divulgados.
A coletiva à imprensa foi realizada no canteiro de obras do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, que está justamente aumentando o número de leitos para atender futuros acometidos pela pandemia. “Fomos informados dessa morte, confirmamos a morte, mas eu não posso confirmar que ele é vítima do Covid-19. Ele estava internado no Hospital Julio Muller, os exames foram feitos e, se der positivo, o nome dele aparecerá no boletim de logo mais à tarde”, resumiu Figueiredo, ao lado do governador Mauro Mendes (DEM), também presente à entrevista.
O gestor da SES avisou à população para manter os cuidados de prevenção, ficando em casa, e considerou que esta não é a hora de relaxar o isolamento social nem alterar decretos governamentais. “Mortes irão acontecer, são esperadas, mas não é o registro de novas mortes que fará os trabalhos mudarem. Ainda trabalhamos com a possibilidade de um pico da doença no final de abril e começo de maio, e estamos prontos para agir quando os casos tiverem um aumento nos números”, garantiu.
Oficialmente, são 361 casos notificados como suspeitos de Covid-19 em Mato Grosso. Entre estes, 60 estão confirmados, bem como 13 internações, 10 recuperações e um óbito registrado até o momento.
O PIOR AINDA ESTÁ POR VIR
O secretário Gilberto Figueiredo admitiu a subnotificação de casos de Covid-19 e reforçou a necessidade de isolamento social lembrando que o pior ainda está por vir, já que o esperado aumento de casos, a chamada curva estatística, ainda nem chegou. “Dias piores virão”, disse.
Perguntado diretamente sobre o problema da subnotificação e se, diferente do que respondera dias atrás, confirmava a situação, ele foi direto e lacônico: “Confirmo. Segundo as estatísticas, para cada caso, há 10 não notificados. Hoje temos 60 casos confirmados, então há pelo menos 600 casos não notificados”, admitiu. (Atualizada às 09h58)
Rog?rinho
Segunda-Feira, 06 de Abril de 2020, 14h53M?rcio
Segunda-Feira, 06 de Abril de 2020, 11h36Analista Pol?tico
Segunda-Feira, 06 de Abril de 2020, 10h09