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O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, pronunciou o jovem Juliano da Costa Marques dos Santos que vai ser julgado em júri popular por homicídio doloso pela acusação de atropelar e matar o manobrista José Antônio da Silva Alves dos Santos e ainda tentar matar o policial militar Guilherme Rodrigues Avila.
O crime ocorreu em agosto de 2017 numa madrugada na saída da Boate Valley na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá.
O réu poderá aguardar o julgamento em liberdade. A data ainda será designada.
O magistrado já havia acolhido a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) de homicídio por motivo fútil com emprego de meio que resulta em perigo comum e que dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido, tentativa de homicídio e embriaguez ao volante. O teor da denúncia foi devidamente comprovada na fase de produção de provas, levando o réu a júri popular. Somadas, a pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.
Detalhes do crime
A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) narra que “na madrugada do dia 07 de agosto de 2017, por volta das 04h20min, a vítima Guilherme Rodrigues Ávila estava saindo da casa noturna conhecida por “Valley”, localizada na avenida Isaac Póvoas, Bairro Goiabeiras, em Cuiabá, quando avistou um grupo de pessoas arremessando garrafas de cervejas na rua e, por ser policial, advertiu-os para que parassem, pois poderiam atingir e machucar as pessoas que ali transitavam, bem como danificar veículos.
Porém, insatisfeito com a repreensão dada pelo policial, Juliano da Costa Marques dos Santos, sob efeito de bebida alcoolica, foi até o seu veículo que estava estacionado nas proximidades, um Ford New Fiesta, entrou, ligou o automóvel e ficou acelerando na direção do policial, com a nítida intenção de amedrontá-la.
Nesse momento, segundo os autos, Hilan Andrade de Souza, colega da vítima Guilherme pediu para que o manobrista José Antônio da Silva Alves dos Santos retirasse seu veículo Honda Civic, do estacionamento, sendo que ficou na calçada aguardando juntamente com a vítima Guilherme e uma amiga de nome Laura.
Quando o veículo chegou, Laura adentrou pelo lado do passageiro e a vítima Guilherme foi se aproximando do veículo pela lateral traseira para conversar com Laura pela janela do motorista. Nesse momento, Juliano da Costa Marques dos Santos, percebendo que Guilherme estava se deslocando para a rua e próximo dele estava o manobrista José Antônio, acelerou o seu veículo e arrancou em altíssima velocidade em direção ao policial Guilherme Rodrigues Ávila, atingindo a sua perna esquerda, e atingindo também, violentamente, a vítima José Antônio da Silva Alves dos Santos, manobrista que estava entregando o veículo Honda Civic ao proprietário. Câmeras de segurança flagraram que José Antônio foi arremessado para o alto.
Com o impacto forte, as vítimas sofreram lesões graves, sendo que José Antônio da Silva Alves dos Santos apresentou fratura comunitiva da calota craniana, com múltiplos fragmentos em região parietal direita e exposição da massa cerebral, que lhe causaram a morte instantânea por traumatismo crânio-encefálico, de acordo com laudo pericial.
O policial Guilherme Rodrigues Ávila sofreu escoriações pelo corpo e fratura no tornozelo esquerdos.
De acordo com o MPE, os crimes foram cometidos por motivo fútil, sem existir qualquer motivação relevante para a prática, após uma discussão banal entre Juliano da Costa Marques dos Santos e a vítima Guilherme Rodrigues Ávila.
“O crime foi praticado por meio que impossibilitou a defesa das vítimas, pois José Antônio e Guilherme foram atingidos pelas costas e de surpresa, não esperando aquele ataque, não podendo esboçar qualquer gesto de defesa. Além do mais, foi constatado que o denunciado dirigia o veículo com a capacidade psicomotora alterada em razão do seu visível estado de embriaguez", diz um dos trechos.
Ana
Quarta-Feira, 24 de Novembro de 2021, 08h51Felipe Santa Cruz
Quarta-Feira, 24 de Novembro de 2021, 00h57Paulo Cesar
Terça-Feira, 23 de Novembro de 2021, 17h32Cada coisa que se lê
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