O juiz Carlos Roberto Barros de Campos, da Vara Especializada em Direito Agrário, determinou que uma das fazendas do ex-governador Silval Barbosa, entregue em delação premiada, seja desocupada em 60 dias. A saída deve ocorrer de forma voluntária com o auxílio do Comitê de Conflitos Agrários.
Após a homologação do acordo de delação de Silval e veiculação na mídia, ocorreram duas grandes invasões no imóvel, em 24 de dezembro de 2017, por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Logo depois da invasão, a família Barbosa requereu na Justiça a reintegração. Liminar chegou a ser concedida, determinando a desocupação, mas a mesma Vara suspendeu decisão, travando a reintegração de posse.
Também consta como dono da fazenda Serra Dourada o irmão de Silval, Antônio Barbosa. A área, avaliada em R$ 33,1 milhões, medindo 4,1 mil hectares, deveria ser repassada ao Estado.
Durante a audiência, a defesa de Silval Barbosa pediu pela desocupação para que o governo do Estado possa avaliar a área. A decisão da Justiça revogou a suspensão de liminar. O ex-governador reclama que apenas um avião entregue na delação foi devidamente alienado.
Segundo a defesa de Silval, os bens que permanecem sob propriedade do ex-governador geram gastos.
Opinião de Silval
Antes da audiência começar, Silval falou com jornalistas e expôs algumas opiniões. O ex-governador não poupou conselhos à senadora Selma Arruda (PSL) que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). De acordo com Silval, Selma deveria confessar logo o crime que cometeu e colaborar com a Justiça.
O delator também afirmou que Pedro Taques (PSDB), seu sucessor no Poder Executivo, teria passado de pai da moralidade a criminoso.
JUSTICEIRO
Quarta-Feira, 17 de Abril de 2019, 15h51