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RAGNATELA

Juiz mantém bloqueio de BMW apreendida pela PF com empresário em Cuiabá

Esquema desmantelado incluía a lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, manteve o bloqueio de uma BMW/X1 (S20I - 2019/2019) de um homem que alega ter adquirido o veículo de Agner Luiz Pereira dos Santos Soares. Alvo da operação “Ragnatela”, Agner se apresenta como “coach e empresário” e é suspeito de lavar dinheiro da facção criminosa “Comando Vermelho”.

Em decisão do último dia 10 de janeiro, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra não aceitou os argumentos do suposto comprador da BMW/X1, que alegou que adquiriu o veículo de forma lícita.

“Alega o requerente, em síntese, que é legítimo proprietário do bem em questão, que este foi adquirido licitamente de Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares e que a manutenção da apreensão é desnecessária para a instrução processual”, diz trecho do pedido.

O comprador também reclama que a BMW/X1 esta sendo utilizada ilegalmente pelo “Comando da Polícia Militar. Na decisão, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra considerou que não ficou comprovada a legalidade do negócio, nem da origem lícita do dinheiro utilizado para adquirir o veículo.

“Muito embora o requerente tenha alegado que adquiriu o veículo do denunciado Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, verifica-se da documentação anexa ao pedido que não foi juntada nenhuma comprovação de pagamento nesse sentido, de modo que não há certeza acerca da propriedade de fato do bem vindicado, ou da onerosidade da compra, como da boa fé na aquisição”, analisou o magistrado.

Em relação à suposta utilização ilegal da BMW/X1 pelo Comando da Polícia Militar, o juiz esclareceu que a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (FICCO/MT) representou judicialmente solicitando que o veículo fosse disponibilizado às forças de segurança.

RAGNATELA

Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, o “Coach do Comando Vermelho”, seria o responsável pela “rentabilidade dos lucros obtidos com os shows e venda de entorpecentes, através de empréstimos a juros abusivos”, além do “fornecimento de veículos” à organização criminosa.

Entre as suspeitas que mais chamam a atenção reveladas na operação “Ragnatela” está o suposto envolvimento de vereadores da Câmara de Cuiabá com facções criminosas.

Segundo as investigações, o vereador cassado da Capital, Paulo Henrique (MDB), agiu de forma burocrática para autorizar o funcionamento de casas noturnas, e também a realização de shows, adquiridos e promovidos pelo “Comando Vermelho”. Ele também é suspeito de receber propina da organização criminosa.

Conforme as investigações da FICCO/MT, comandada pela Polícia Federal, o vereador também teria utilizado o sindicato que preside para lavar dinheiro da facção.

Entre as lideranças do CV que seriam ligadas ao vereador está Joadir Alves Gonçalves, o “Joga”, dono do Dallas Bar, em Cuiabá. O ex-assessor parlamentar da Câmara, Elzyo Jardel Xavier Pires, se apresentava como “Guri do Joga” e “Bandido”, segundo as investigações.





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