Cidades Sábado, 21 de Junho de 2025, 10h:50 | Atualizado:

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OPERAÇÃO APITO FINAL

Juíza desbloqueia Corolla de garagem que fez “permuta” com tesoureiro do CV

Veículo foi apreendido por estar ligado a faccionado que girou R$ 65 mi do CV

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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apito final-WT- paulo witer

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, desbloqueou um Toyota Corolla da Favorita Multimarcas, que estava apreendido pela suspeita de pertencer a um suposto faccionado ligado a Paulo Witer Farias Paelo, o W.T, apontado como tesoureiro-geral do Comando Vermelho.

A decisão da juíza foi publicada nesta quarta-feira (18). Segundo informações do processo, um suspeito, identificado como Paulo Henryche Prins Paelo, foi até a Favorita no início de 2024 e se interessou por dois veículos, colocando seu Corolla como parte do negócio da permuta.

A reportagem realizou buscas em sistemas do Poder Judiciário dentro e fora de Mato Grosso e não encontrou uma ligação direta de Paulo Henryche Prins Paelo e o tesoureiro do CV, conhecido como W.T. Permanece, no entanto, a suspeita de que se trata da mesma pessoa em razão da semelhança dos nomes, incluindo a sobrenome Prins, utilizado pela esposa de WT - Cristiane Patricia Rosa Prins.

“Narra, em síntese, que o Sr. Paulo Henryche Prins Paelo compareceu à sua loja com a intenção de adquirir um automóvel, tendo se interessado pelos veículos Hyundai HB20 Sense e Volkswagen Gol e, então, realizaram a permuta com o automóvel Toyota Corolla XEI, cor branco, consoante contrato acostado aos autos”, diz trecho do processo.

Nos autos, a Favorita Multimarcas conta que realizou uma pesquisa de “cadeia dominial” - para levantar o histórico completo do Corolla -, não encontrando nenhuma restrição quando fechou a permuta de seus dois veículos (HB20 e Gol) com Paulo Prins Paelo, negociada a R$ 21,5 mil. 

A juíza concordou na decisão que a garagem de veículos agiu de boa fé no negócio, determinando o desbloqueio do veículo. “A boa-fé do embargante na aquisição do veículo é presumida e encontra respaldo em diversos elementos constantes dos autos. Primeiramente, apresentou a cadeia dominial, atestando a inexistência de qualquer restrição sobre o bem à época da celebração do negócio. Essa diligência demonstra a cautela do adquirente e afasta qualquer suspeita de que tivesse conhecimento da investigação criminal em curso”, reconheceu a magistrada.

Paulo Witer é apontado como “homem de confiança” de Sandro Louco, o principal líder da facção criminosa no Estado, sendo conhecido como “fiel coroa” em razão de sua lealdade ao Comando Vermelho. Segundo investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), Paulo Witer usava o time de futebol amador "Amigos do WT" como forma de lavar dinheiro do crime organizado. Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no fim do mês de março de 2024.

A operação cumpriu 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias ligadas a um esquema de R$ 65 milhões. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da PJC, revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas - incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”' -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de carros.

Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.





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