Cidades Segunda-Feira, 31 de Março de 2014, 15h:26 | Atualizado:

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Juíza lança campanha sobre igualdade em Vitória

 

Da Redação

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A juíza Amini Haddad Campos, titular do Juizado Especial Criminal de Várzea Grande, lançou em Vitória (ES) a campanha nacional Pró-equidade de Gênero, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A ação ocorreu durante o Seminário “A Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher: Desafios e Possibilidades”, realizado pelo Tribunal de Justiça daquele Estado dia 28.

A campanha da AMB, que já foi lançada em Mato Grosso, Ceará e Brasília, tem por objetivo conscientizar a população sobre a igualdade de gêneros em vários aspectos, como carreira (salário, emprego e promoções) e também combater os crimes que são praticados contra as mulheres, como violência doméstica, tráfico para fins de prostituição e turismo sexual.

Após explicar as propostas da campanha, a juíza Amini Haddad Campos, que é diretora da Secretaria de Gênero da AMB, proferiu uma palestra, em que divulgou dados alarmantes sobre a situação da mulher no Brasil e no mundo.

A magistrada informou que recente pesquisa realizada pelo IPEA mostrou que 65% das pessoas que responderam ao questionário acreditam que o estupro é justificado caso a mulher esteja usando roupas curtas e atraentes. “Infelizmente, a culpa da violência ainda recai sobre a mulher”, disse.

Na avaliação de Amini Haddad, esse pensamento precisa ser debatido, pois nada pode justificar a violência. Ela considerou que a quantidade de pessoas presentes ao seminário, entre elas operadores do Direito e também imprensa, vai ajudar a disseminar as ideias debatidas no encontro. A campanha agora será lançada em São Paulo e no Rio de Janeiro, sem data marcada.

Dados apresentados pela juíza mostram o Brasil no 7º lugar do ranking mundial no número de assassinatos de mulheres por companheiros e ex-companheiros. O país também é o 1º colocado das Américas no tráfico internacional de meninas (dados da OEA/2013), além das situações de desvalorização no mercado de trabalho, com salário em média de 50 a 30% menores quando ocupam a mesma função e com a mesma carga horária dos homens.

Em outros países a situação é ainda mais grave. No Congo, cerca de 1.100 estupros são relatados por mês, uma média de 36 mulheres e meninas vítimas por dia. Além disso, mais de 130 milhões de mulheres e meninas vivas foram submetidas na África e Ásia à mutilação vaginal.

Na Índia, ao longo de 3 gerações, cerca de 50 milhões de mulheres foram eliminadas. Os principais métodos são o feticídio feminino, infanticídio, assassinatos relacionados a dote e mortalidade materna, devido a abortos forçados para evitar que meninas nasçam.





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