Cidades Sábado, 05 de Junho de 2021, 08h:29 | Atualizado:

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OPERAÇÃO HYDRUS

Justiça nega devolver “arsenal” a dono de mercado suspeito de lavar dinheiro do tráfico em MT

Polícia apreendeu R$ 49,5 mil em dinheiro além de três pistolas, um revólver, uma carabina e diversas munições no município de Peixoto de Azevedo

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, negou a devolução de um “pequeno arsenal” a um suspeito de fazer parte de uma organização criminosa suspeita de venda de drogas e lavagem de dinheiro. Os autos são derivados da operação “Hydrus”, da Polícia Judiciária Civil (PJC), que em novembro de 2019 apreendeu três pistolas Taurus (calibres 40 e .380), um revólver Taurus 38, uma carabina/fuzil Rossi 38, além de carregadores e munições de armas de fogo calibres 38, 40, .380 e 12.

A decisão, proferida em 26 de maio de 2021, manteve ainda a apreensão de R$ 49,5 mil, quatro celulares Samsung, um Iphone, uma pistola de pressão, além de uma Toyota Hilux CD 4x4. Todos os objetos – armas de fogo, dinheiro e veículo -, foram confiscados na operação “Hydrus”, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nos municípios de Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo (que ficam, respectivamente, a 707 e 672 quilômetros de Cuiabá).

O pedido de restituição do “pequeno arsenal de guerra” foi feito por Evangelista de Souza Alves – pai de um dos alvos da operação “Hydrus”, Henrique Rodrigues Alves. Ele é o proprietário do mercado “Nosso Lar”, localizado em Peixoto de Azevedo e que seria utilizado para a prática de lavagem de dinheiro da venda de drogas.

A defesa do suspeito alegou que o mandado de busca e apreensão que confiscou as armas, o dinheiro e o veículo, foi “ilegal” uma vez que o endereço da ordem judicial denominava como alvo o mercado “Nosso Lar”, e não sua residência. Ele também argumentou que “não era sequer investigado”.

Em sua decisão, no entanto, a juíza esclareceu que o mandado de busca e apreensão não foi ilegal pois sua residência encontra-se no mesmo terreno do mercado, aos fundos do estabelecimento comercial. Ana Cristina Silva Mendes revelou indícios de que o comércio também fazia parte do esquema criminoso. Seu filho, alvo da operação, seria um integrante de uma facção criminosa.

“Decorre dos autos da ação penal, que as investigações descortinaram que, em tese, Henrique Rodrigues utilizava o veículo, Hilux CD 4x4, para o transporte de drogas em favor da ORCRIM e que efetuava tráfico de drogas (pasta base de cocaína) na cidade de Peixoto de Azevedo/MT, bem como que seria o responsável por coordenar o recebimento e pagamento de drogas da célula da Organização Criminosa naquela cidade e se utilizava do Mercado Nosso Lar para dar aparência lícita ao dinheiro proveniente do tráfico”, esclareceu a juíza.

Segundo informações da PJC, as investigações duraram oito meses até a deflagração da operação “Hydrus”. Vinte pessoas foram presas em Guarantã do Norte e outras duas em Peixoto de Azevedo. Participaram da operação 70 policiais entre, investigadores, escrivães e delegados das regionais, de Sinop, Nova Mutum, Alta Floresta, todas as unidades da regional de Guarantã do Norte, equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Polinter.





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