Cidades Quarta-Feira, 25 de Fevereiro de 2015, 11h:30 | Atualizado:

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LIGAÇÃO COM TRAFICANTES

Justiça prorroga afastamento de delegado e cinco policiais em MT

Decisão proíbe até mesmo execução de serviços administrativos

RAFAEL COSTA
Da Redação

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O juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Popular, Luis Aparecido Bortolucci, prorrogou nesta quarta-feira por mais 120 dias o afastamento da Polícia Civil do delegado João Bosco Ribeiro de Barros e sua esposa, a investigadora Gláucia Alt, por associação ao tráfico de drogas. 

Também seguem afastados os investigadores que são Cláudio Roberto da Costa, Leonel Constantino de Arruda e George Fontoura Filgueiras. O investigador Márcio Severo Amaral já foi exonerado do cargo pela sua não aprovação em estágio probatório, porém, houve uma decisão da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro autorizando seu retorno à Polícia Civil para funções administrativas, cujo mérito do agravo de instrumento ainda não foi julgado. 

Neste caso, decidiu-se respeitar a decisão de segundo grau até o resultado final em julgamento de mérito. Todos estão afastados de suas funções desde maio de 2014, em decorrência do desdobramento da Operação Abadom, deflagrada pela Polícia Civil. 

Conforme as investigações, todos são suspeitos de acobertar ações de traficantes em Cuiabá e Várzea Grande. O delegado e os cinco investigadores se aproveitavam das funções que exerciam na Polícia Civil para extorquir traficantes.

Os investigadores tinham o papel de promover a identificação, abordagem e extorsão dos traficantes para evitar flagrantes. Já o delegado João Bosco e a sua esposa Gláucia Alt “protegiam” determinadas quadrilhas em troca de vantagens financeiras. 

Algumas das negociações dos investigadores com os traficantes envolviam mais de R$ 100 mil reais com as transações sendo efetuadas em festas acompanhadas de bebidas alcoólicas e carne assada. Para justificar a necessidade do afastamento, o magistrado entende que é uma medida necessária até o encerramento da instrução processual para evitar qualquer influência dos suspeitos na apuração das condutas criminosas que lhe são atribuídas. “Não vejo situação diferenciada que permita a um ou mais réus o imediato retorno ao exercício de suas funções, ainda que exercendo funções meramente administrativas. Entendo que, mesmo exercendo funções administrativas, terão plena possibilidade de continuar a representar algum tipo de inibição ou embaraço”, diz trecho da decisão judicial. 

Nos próximos quatro meses, todos estarão proibidos de acessar as dependências policiais, utilizar bens, veículos ou equipamentos da Polícia Civil, exceto quando for atender ordens de comparecimento aos órgãos superiores da Polícia Civil neste período. Foi determinada expedição de carta precatória para comunicar a todos os réus da decisão judicial.

Desde o dia 20 de fevereiro, oficiais de Justiça não conseguem localizar o delegado João Bosco e sua esposa, a investigadora Gláucia Alt. Ambos estão com domicílio em Chapada dos Guimarães. 





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