CONFIRA A ÍNTEGRA DO VÍDEOIlustração
Um vídeo publicado no aplicativo WhatsApp, onde uma médica ginecologista Marilene Feltrin faz comentários pejorativos sobre o peso de uma pré-adolescente, virou caso de polícia em Sorriso. “A mulher tem até bigode, e mulher de bigode nem o diabo pode”, comenta a médica ao assistir o vídeo em um celular.
No vídeo mostra ainda a filha da médica --- que trabalha no Hospital Regional de Sorriso --- perguntando à mãe: “E o que vai acontecer com o celular?”. “Vai explodir. Tira isso daí. É caro esse celular. hahaha...”, responde a ginecologista.
Para a TV Sorriso Record, Regina Parron --- a mãe da estudante de uma escola particular ---, disse que a filha ficou sabendo do vídeo na escola. “Os colegas contaram a ela que a menina tinha gravado com a mãe dela, tirando chacota, xingando ela de ‘mostro’, de ‘diabo’”.
A mãe relata que a filha ficou muito constrangida. “Minha filha não come. Fiquei sabendo por outras pessoas. Ainda tentou falar com a mãe coleguinha dela [a médica], mas ela não me atendeu. Com esse tempo livre para fazer piadinha sobre a minha filha ela poderia estar atendendo pessoas”, reclama Regina.
Segundo ela, a médica deveria seguir o código de ética da medicina e respeitar as pessoas. “E o que ela está pregando para a filha dela? O que ela está ensinando para essa criança?”.
Regina reclama ainda que a filha está com vergonha de ir à escola. “Todo mundo que tem um celular desse vê essa agressão à minha filha, que ficou triste. E eu fiquei muito magoada, porque esse tipo de brincadeira não se faz com o ser humano”.
O repórter Nilson Constante afirma na matéria que tentou conversar com a médica. “Eu procurei a médica Marilene Feltrin, que trabalha aqui, no Hospital Regional de Sorriso, para falar sobre o fato. Mas ela não quis gravar entrevista”.
Segundo Nilson, “a médica disse apenas que teria repreendido a sua filha por ter postado o vídeo numa rede social. Disse ser uma pessoa brincalhona, e que tudo aquilo não passava de brincadeira”.
Regina Parron informou que já registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Sorriso. “Foi Bullying. Ela é uma doutora. Se fosse a filha dela que tivesse feito isso, a gente até entendia, porque ela é uma criança. Mas uma mulher adulta, uma mulher responsável, ficar com esse tipo de brincadeira? Isso não pode acontecer. Eu espero justiça, para que ela não venha a fazer isso com o filho de outra pessoa”.