O Ministério Público do Estado (MPMT) instaurou um inquérito para apurar supostas irregularidades numa licença do cargo, obtida por um perito da Politec em Mato Grosso, para a obtenção do título de doutor na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Mesmo não exercendo suas funções entre os anos de 2015 e 2019, o servidor, que realizava o doutorado na área de engenharia elétrica, continuou recebendo salário.
O promotor de justiça Roberto Aparecido Turin assinou a portaria que oficializou a investigação no dia 17 de junho de 2020. De acordo com informações do procedimento, o servidor se afastou de suas atividades no ano de 2015, com possibilidade de prorrogação até o fim de 2019, com uma “licença remunerada”.
“[O servidor] se encontra afastado de suas atividades devido a utilização de licença para capacitação profissional remunerada desde o ano de 2015, sendo prorrogável para até o fim do ano de 2019, que embora já vencido, ainda não apresentou as conclusões de suas capacitações profissionais”, diz trecho da portaria.
Segundo o promotor de justiça, o MPMT enviou um ofício à Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp pedindo informações sobre a situação do servidor na instituição pública de ensino superior. A Universidade, por sua vez, relatou que o perito da Politec “não cumpriu todas as atividades necessárias para a obtenção do título”.
Roberto Aparecido Turin determinou na portaria o envio de um ofício ao diretor geral da Politec pedindo esclarecimentos sobre o fato do perito criminal não ter recebido salário nos meses de outubro e novembro de 2017, além de, no ano de 2018, ter tido seu salário apenas em junho daquele ano. O promotor de justiça informa que estes foram os “únicos meses desde janeiro de 2015 a maio de 2020 que ele não percebeu tais remunerações”.
PROCESSO ADMINISTRATIVO
O perito da área de engenharia elétrica já é alvo de um processo administrativo na Politec por ter assinado um laudo de uma empresa privada enquanto estava de licença. O documento, apontado como fraudulento, analisou a velocidade de um Jeep Compass, dirigido pela médica Letícia Bortolin, que em abril de 2018 atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, em Cuiabá.
Mesmo licenciado para concluir seu doutorado, o servidor teria sido o responsável técnico do laboratório que emitiu o laudo até março de 2019. Na época, o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco) denunciou que o documento emitido pela organização foi plágio de um laudo elaborado pela própria Politec em 2014, sobre um acidente de trânsito ocorrido em Sapezal (559 KM de Cuiabá).
Maria Joana
Sábado, 11 de Julho de 2020, 13h13ana
Sábado, 11 de Julho de 2020, 09h31HRomeu
Sábado, 11 de Julho de 2020, 08h14Seu Ramiro - aposentado
Sábado, 11 de Julho de 2020, 00h32Bruce Wayne cuiabano
Sábado, 11 de Julho de 2020, 00h17Indignado
Sexta-Feira, 10 de Julho de 2020, 21h25