O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) solicitou a decretação de uma nova prisão preventiva contra o terceiro-sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira Pena Vieira, acusado de envolvimento no assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB-MT), ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá. O pedido se baseou em evidências que apontam para a participação ativa do militar no crime, incluindo a utilização de uma arma de fogo de uso restrito, supostamente contrabandeada, na execução.
Heron, que atuava no setor de inteligência da Rotam, estava foragido desde o início da Operação Office Crime – A Outra Face, deflagrada em 6 de março de 2025. Ele se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá no dia seguinte, acompanhado de seu advogado, e optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório.
Além de Heron, outros quatro policiais militares da Rotam foram presos preventivamente sob acusação de envolvimento no homicídio de Nery. As investigações revelaram que a pistola Glock utilizada no crime foi apreendida durante um confronto entre policiais da Rotam e suspeitos de roubo, ocorrido dias após o assassinato.
A arma, equipada com um adaptador que a transformava em uma metralhadora, foi vinculada a outras execuções em Cuiabá, sugerindo a atuação de um grupo de extermínio. O MPMT argumenta que a prisão preventiva de Heron é necessária para garantir a ordem pública e evitar a obstrução das investigações, considerando o risco de fuga e a possibilidade de intimidação de testemunhas. A Justiça ainda não se pronunciou sobre o novo pedido de prisão preventiva.
Marcos Justos
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 05h45Marcos Justos
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 05h41Antônio
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