Cidades Segunda-Feira, 11 de Janeiro de 2021, 08h:45 | Atualizado:

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PANDEMIA

MT tem taxa de mortalidade pela Covid acima da média nacional

São 131 mortes a cada 100 mil habitantes

G1-MT

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Mato Grosso está com a taxa de mortalidade acima da média nacional. São 131 mortes a cada 100 mil habitantes. Ficam à frente do estado apenas Rio de Janeiro, Distrito Federal, e Amazonas.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) afirma que Mato Grosso tem um índice de testagem cinco vezes maior do que a média nacional, o que pode levar a uma menor subnotificação e à alta detecção de casos confirmados e óbitos pela Covid-19.

“Como forma de evitar o agravamento dos casos, a gestão estadual também mantém o funcionamento do Centro de Triagem da Covid-19, na Arena Pantanal, para o atendimento de pessoas com sintomas leves do coronavírus, com a disponibilização de testes, consultas, tomografia e medicamentos”, diz.

Segundo especialistas, os números no estado devem piorar nas próximas semanas, porque as internações estão aumentando. Na região norte do estado, os hospitais de referência para tratamento da doença estão com mais de 80% de ocupação de leitos UTI. Em Cuiabá, a taxa chega a 64% nos hospitais públicos.

Para a infectologista Márcia Hueb o sistema de saúde do estado deve entrar em colapso mais uma vez.

“Já não fizemos o que deviríamos ter feito para evitar esse momento de aumento muito acentuado de transmissão, o que não quer dizer que não valha a pena agora investir nessas ações. Temos sempre que pensar nelas porque vamos reduzir o tempo de transmissão elevada, com isso, a gente vai reduzir um pouquinho a frente o número de casos e número de óbitos”, ressaltou.

Vítimas

A empresária Juliana Gabriel perdeu o irmão e a mãe entre junho e julho, quando Mato Grosso registrou os maiores números de mortes.

“A base da família seria minha mãe e meu irmão, porque nossa família é pequena, então a base seria eles e hoje eu me sinto desolada sem eles aqui comigo. A pessoa só vai tomar consciência quando perder algum ente da família, porque eu fui ter real consciência da doença a partir do momento que eu perdi duas pessoas da minha família”, declarou.

Samily Umburanas também perdeu uma pessoa próxima durante a pandemia. O pai dela, Almar, de 57 anos, morreu no dia 2 deste mês vítima da Covid-19, em Sinop, no norte do estado.

Segundo a filha, a doença do pai evoluiu muito rápido e foi um choque para a família.

“Ele tinha os cuidados, não relava nas pessoas, estava sempre de máscara. Tudo que era para ser feito ele fez só que essa doença não escolhe, simplesmente desconhecida de todos os lados e a gente não sabia nem da onde ele tinha sido infectado”, relatou.

A última lembrança que a família tem de Almar é uma mensagem que ele mandou no grupo da família dias antes de ser encaminhado a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Saibam que vou lutar primeiro para não ir para UTI. Depois, se for, vou lutar muito para não sair de lá. Mas estou pronto para tudo, e espero que vocês também. Aconteça o que acontecer, fiquem sempre unidos”, diz na mensagem.

 





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Comentários (3)

  • Esperan?aBR

    Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 14h45
  • Não. Não é culpa do governador nem do presidente. Culpa é de quem se amontoa em festas, shows, rios, clubes, e etc. Mercados e igreja estão tomando cuidados. Afastamento, álcool e medidores de temperatura o que não acontece no banco do Brasil por exemplo. O do CPA 1 não têm nada. Nem alcool. Não foi em Cuiabá que teve um show na Música lotação? Então. A conta chegou e salgadissima. Nao adianta chorar agora. So nao fechem as igrejas que estão cuidando com 2 pessoas por banco, álcool 2 a 3 vezes durante a missa e número limitado de pessoas. Rezar é o que nos resta. Deus tenha misericórdia!
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  • Muito gado

    Segunda-Feira, 11 de Janeiro de 2021, 15h58
  • A presença de gado bolsonarista em MT é acima da média, nada mais natural que as mortes por COVID sejam correspondentes.
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  • Jota

    Segunda-Feira, 11 de Janeiro de 2021, 09h42
  • É necessário medidas mais enérgicas do governo do estado e municípios, como toque de recolher unificado e até mesmo fechamento do comércio não essencial. Hospitais como de Cáceres estão lotados, e não adianta somente esse município adotar medidas se os que ficam em torno não tomarem essas medidas tbm. E isso é o que está acontecendo.
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