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Quase um ano após o início do asfaltamento dos últimos trechos das MTs 040 e 270, praticamente nada foi feito. A estrada liga Cuiabá a Rondonópolis, passando por Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e o distrito de São Lourenço de Fátima e é considerada uma alternativa ao tráfego pesado da BR-364. 

Em maio de 2013, o governador Silva Barbosa assinou a ordem de serviço para a execução de quatro trechos da rodovia. O projeto faz parte do MT Integrado, mas também tem aporte da Secretaria de Estado de Turismo. 

Segundo o presidente do Comitê Pró-Rodovias, Elmo Bertinetti, a luta pela rodovia já dura vários anos. Ele conta que em 2011, o governador realizou um “estradeiro” com os moradores da região, para conhecer as condições das rodovias do entorno. Na ocasião, ele se comprometeu a realizar o asfaltamento das rodovias no ano seguinte, porém nenhuma obra começou em 2012. 

De acordo com Bertinetti, os quatro trechos se encontram licitados, empenhados e com ordens de serviço, porém pouquíssimos trabalhos foram realizados. “Dos quatro trechos, eles apenas fizeram uma limpeza parcial em um pedaço e a terraplanagem. Depois disso, as maquinas foram retiradas e você não vê ninguém trabalhando”. 

Elmo afirmou que não entende o porquê da demora na execução do serviço, já que os trechos têm por volta de 20 quilômetros cada um. “Você acha que uma empresa não consegue asfaltar essa distância em quatro meses? O problema é que eles deixam chegar na época da chuva para começar”. 

Segundo o presidente, as condições da estrada estão precárias. “Mais de cinco ou seis mil veículos que passam pela BR-364 hoje poderiam utilizar a via alternativa. Porém, quem se arrisca a enfrentar a via tem demorado mais de sete horas para fazer o trajeto, que não deveria durar apenas três. Sem contar que diversas pontes já caíram”. 

A falta de alternativas para realizar o trajeto entre Rondonópolis e Cuiabá tem preocupado os motoristas, pois a via mais comum, a BR-364, é a que recebe o escoamento da safra de Mato Grosso. “A safra no nortão não está nem pela metade, mas já estamos ilhados em Rondonópolis com este tanto de caminhões. Daqui para frente só piora”. 

Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal, o trecho da BR-364, entre Cuiabá e Rondonópolis, é considerado o mais violento do Estado. Somente nos últimos dois anos, a região acumulou 1.522 acidentes. Ao todo foram registradas 77 mortes, 199 pessoas foram gravemente feridas e 380 tiveram ferimentos leves. 

No trecho da MT 040, que vai do km 60 até o km 77, a terraplenagem e drenagem foram executadas pela Cavalca. Atualmente a obra está paralisada em razão do período chuvoso. O prazo de conclusão, em contrato, é de 18 meses.

ESTRADA VERDE

A obra, conhecida como Estrada Verde, serviria como caminho alternativo para carros e outros veículos de pequeno porte que precisam se deslocar entre os municípios. 

Atualmente existem duas formas de realizar o trajeto, a primeira pegando a rodovia BR-364 passando pela Serra de São Vicente. A segunda é pela a MT-251, passando por Chapada dos Guimarães (68 km da Capital) e Campo Verde (141 km da Capital). Só que, por este caminho, o motorista percorre em torno de 70 km a mais para chegar ao destino. 

Na via alternativa, a distância percorrida pelos motoristas seria de apenas 9 km a mais do que pela rodovia BR-364. O local também funcionaria como ponto turístico, melhorando o setor nos municípios de Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço e São Lourenço de Fátima, passando pela região do pantanal mato-grossense.