Cidades Terça-Feira, 14 de Maio de 2019, 10h:33 | Atualizado:

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DEMORA

Paciente corre risco de amputar perna e espera cirurgia em Cuiabá

 

Kátia Krüger
TVCA

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Uma paciente de 68 anos precisa amputar os dedos do pé por causa da diabetes e hipertensão. No entanto, Raimunda Mendes de Almeida, que está internada no Pronto Socorro de Cuiabá desde o dia 19 de abril, precisa passar por uma angioplastia e está correndo o risco de perder a perna, devido à demora no procedimento.

A Prefeitura de Cuiabá informou que a angioplastia deverá ser feita pelo Hospital Geral Universitário (HGU).

Por sua vez, a administração do HGU disse que essa demanda ainda não chegou até o hospital. Atualmente, o hospital é o único que está atendendo todas as demandas cardiológicas de todo o estado e isso tem dificultado o andamento da lista de espera.

A família disse que já procurou a Justiça e conseguiu uma liminar, mas ela não foi cumprida. Agora, em uma nova tentativa, é preciso apresentar um orçamento do procedimento, mas, segundo os familiares, a rede particular de saúde não está realizando.

O estado informou que o fechamento de leitos e de UTIs na Santa Casa é um dos fatores que dificultam a resolução das demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), tanto com liminar quanto sem.

“Tem lugar que a gente chega e eles nem dão muita atenção, pois já sabem que é pela Justiça e não estão fornecendo. A gente se sente humilhado, e a tendência é piorar”, disse Denildes Antônia de Almeida, filha da paciente.

Segundo a Defensoria Pública, Raimunda não é a única paciente que está enfrentando esse tipo de dificuldade. No ano passado, a Defensoria registrou 1.543 atendimentos. Desses, 25% viraram processos judiciais.

“Às vezes, eles falam para dar um orçamento, mas a família não consegue. Por isso, estamos clamando que o governo cumpra as decisões judiciais, cumpra com dever de prestar saúde ao povo”, ressaltou a defensora pública Shalimar Benice.

Para o promotor de Justiça Alexandre Guedes, o problema está na oferta de serviços que não correspondem com a demanda. Segundo ele, existem soluções a curto prazo.

“A curto prazo, a Santa Casa tem que voltar a prestar seu serviço e o governo já se comprometeu a isso. A prefeitura tem que fazer funcionar o novo Pronto Socorro, mantendo os leitos do antigo. São coisas a curto prazo que podem ajudar no problema”, pontuou.

 





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