Sexta-Feira, 23 de Novembro de 2018, 16h:23 | Atualizado:
"URSINHO" E "CABEÇA BRANCA"
Preso na "Operação Sem Saída", Alexandre Aguiar também comprou fazenda para lavar dinheiro de esquema do narcotráfico
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta, 22, a Operação Sem Saída, fase ostensiva da Spectrum, que prendeu o mega traficante internacional Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”. As investigações miraram agora seus dois comparsas, Alessandro Aguiar e Marcelo Anacleto, o “Ursinho” e o “Garotão”, respectivamente.
Os dois haviam sido flagrados por câmeras do Shopping Iguatemi, em São Paulo, ao se encontrarem com Cabeça Branca em maio de 2017. À época, a Polícia Federal não havia conseguido identificá-los, mas após cruzamento de informações obtidas no celular do traficante e em documentos apreendidos, os policiais descobriram se tratar de aliados de Cabeça Branca no Mato Grosso e no Paraná.
Operação Sem Saída: PF deflagra operação contra organização criminosa e cumpre mandados em Curitiba
O “Garotão” seria Marcelo Anacleto, sócio da Arimar Transportes. A empresa havia negociado a compra de caminhões e pneus com Cabeça Branca no valor de R$ 68 mil.
O “Ursinho”, diz a PF, é Alexandre Aguiar, sócio da Agropecuária Estrela do Oeste, empresa que adquiriu uma fazenda de R$ 3,2 milhões cuja documentação foi encontrada na casa de Cabeça Branca em Sorriso, no Mato Grosso.
Segundo a Polícia Federal, há indícios que as transações tenham sido realizadas para lavagem de dinheiro.
A investigação diz ainda que Ursinho e Garotão chefiavam dois núcleos operacionais do trafico de drogas do Mato Grosso e Paraná. Interceptação telefônica comprovou “robustos indícios de envolvimento de ambos” com o esquema de tráfico de Cabeça Branca, informou a Polícia Federal, assim como seus vínculos com remessas de cocaína despachadas pelo Porto de Paranaguá para a Europa.
Movimentações bancárias das empresas de Ursinho e Garotão indicam que elas serviam para lavagem de dinheiro do tráfico. A fraude continuou mesmo após a prisão de Cabeça Branca, em julho do ano passado.
A PF pediu à Justiça expedição de mandados de prisão e busca e apreensão. O pedido foi aceito e os investigadores arrecadaram patrimônio de mais de R$ 100 milhões, incluindo uma fazenda de 11 mil hectares. Segundo a Federal, esta é a maior operação da história da corporação em termos de desarticulação patrimonial de organização criminosa com atuação no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Um total de 100 policiais federais cumpriram 18 ordens judiciais em Curitiba e também em Brasnorte, Tapurah, Juara, Nova Maringá e Cuiabá no Mato Grosso. Do total de mandados, 2 foram de prisão preventiva, 2 de prisão temporária e 14 de busca e apreensão.
Helio
Sábado, 24 de Novembro de 2018, 02h23Yuri
Sexta-Feira, 23 de Novembro de 2018, 18h53Alana
Sexta-Feira, 23 de Novembro de 2018, 17h56