Desde 18 de dezembro de 2013, a ponte Júlio Müller está com trânsito fechado no sentido Várzea Grande a Cuiabá para construção da nova estrutura de 350 metros sobre o rio Cuiabá ao lado da existente.
A Secretaria Extraordinária de Copa do Mundo (Secopa) sustenta que a obra deve ser concluída até 31 de maio, dias antes do primeiro jogo do Mundial, no dia 13 de junho. Contudo, ontem, durante o feriado do aniversário de Cuiabá, não havia nenhum operário na obra.
Apenas a frente que trabalhava no sistema de drenagem em Várzea Grande estavam com a mão na massa.Moradores e comerciantes da região se preocupam com o prazo de entrega, pois os operários não trabalham aos finais de semana e nem em um turno extra.
A avenida da FEB será o principal corredor de acesso de quem chega a Capital pelo Aeroporto Internacional Marechal Rondon. A conclusão da ponte Júlio Müller é fundamental para que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) chegue ao Porto.
De acordo com o cronograma informado pela Secopa, as frentes de obras terão atividades nos turnos diurno e noturno. A nova ponte sobre o Rio Cuiabá faz parte do trecho prioritário pelo Consórcio VLT.
A ponte terá 20 pilares que começaram a ser preenchidos com as vigas pré-moldadas, lançadas no fim de fevereiro, dando início à etapa da superestrutura. Na sequência será executada a laje, o guarda-rodas, o guarda-corpo e o acabamento.
Os preparativos para a construção da nova ponte iniciaram em junho de 2013. Ela será usada para o tráfego de veículos do sentido Várzea Grande a Cuiabá e a ponte atual servirá para passagem do VLT e para o trânsito no sentido Cuiabá-Várzea Grande.
Toda a estrutura hoje existente receberá reforço para comportar a via permanente e o trânsito futuro. Os valores aplicados na obra fazem parte do pacote de R$ 1,4 bilhão do VLT. O Sistema de Gerenciamento de Projetos da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) informa que foram pagos R$ 556 milhões pela execução, que representa 37,9%.
Já no sistema Geo-Obras do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontam o gasto de R$ 749,5 milhões em medições. Proprietário da Gurizão Veículos, Edílio Peres diz que mesmo com os transtornos está otimista com a obra.
Ele foi pouco afetado já que os automóveis ainda passam em frente à empresa dele. “Sofremos bastantes com esses transtornos, mas acho que até próximo da Copa tudo estará resolvido”.
Não é o que sente o empresário André Cantarelli, da Renovar Indústria e Comércio. “As vendas caíram em 40%, só não foi pior porque faço muitas vendas para o interior pela internet e telefone. Acho que deveriam ter feito um planejamento melhor dessas obras para não ter prejudicado tanto”.