Cidades Quinta-Feira, 13 de Março de 2014, 11h:05 | Atualizado:

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ATRASOS

Prazo inicial indicava que VLT seria entregue hoje

 

RODRIGO VARGAS
Diário de Cuiabá

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Há 631 dias, um documento de apenas uma página dava a largada de uma corrida contra o tempo que, se bem-sucedida, culminaria hoje com a conclusão das obras civis e a abertura dos testes de operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). 

A ordem de serviço, assinada pelo secretário Maurício Guimarães  (Secopa) no dia 21 de junho de 2012, marcava o início oficial da construção do novo modal -em uma etapa de execução prevista para durar exatos 630 dias. 

"A população de Cuiabá e Várzea Grande é a maior beneficiária deste processo, pois em 2014 terá um transporte público de qualidade, com conforto e rapidez", disse Guimarães, em nota oficial à ocasião.  Se tudo tivesse corrido como o prometido, portanto, hoje já estariam concluídos 22,5 quilômetros de via permanente (viadutos, pontes, trincheiras, trilhos, linhas de alimentação elétrica), além de 33 estações e três terminais. 

A realidade, porém, fugiu ao planejado. Os trilhos, até o momento, se estendem por pouco mais de 200 metros da linha original. Nenhuma estação foi sequer iniciada. 

Na última medição apresentada pelo consórcio VLT Cuiabá ao sistema GeoObras do TCE, o total executado (até o dia 31 de janeiro) não havia atingido a metade do valor contratual. 

Dos mais de R$ 724 milhões gastos com a obra até janeiro, 44% se referiam exclusivamente à compra das composições do VLT, fabricadas pela espanhola CAF na Europa. Até ontem, segundo a Secopa, eram 15 os conjuntos (com sete módulos cada) entregues em Cuiabá. 

O dia de hoje marca também o fracasso da opção pelo RDC (Regime Diferenciado de Contratação), modalidade de licitação criada pelo governo federal para acelerar o ritmo das obras para a Copa e das Olimpíadas de 2016. 

A adoção do sistema em Mato Grosso permitiu que a obra fosse contratada sem projetos básico e executivo, embora com preço e orçamento definidos. Mais tarde, o governo do Estado admitiu que a falta de planejamento criou obstáculos ao cronograma original. 

"Erramos ao abrir muitos canteiros de obra simultâneos", admitiu Guimarães, recentemente. "Deveríamos ter concentrado esforços." 

O consórcio VLT Cuiabá (liderado pela empreiteira CR. Almeida) negou-se a comentar o descumprimento do prazo contratual. 

A Secopa disse, por meio de sua assessoria, que um novo contrato deverá ser publicado nos próximos dias, com prazo de conclusão fixado em dezembro. 

Questionada sobre as possíveis sanções financeiras ao Consórcio, previstas tanto no edital quanto no contrato, a secretaria disse que ainda estuda os motivos do atraso no cronograma original. Só então, afirmou, será possível determinar a eventual parcela de culpa dos construtores. 

 





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