Abilio Brunini (PL) afirmou que, mesmo com as dificuldades financeiras que Cuiabá enfrenta, não haverá aumento na tarifa do transporte coletivo e nem no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O novo prefeito também manteve a promessa de revogar a cobrança da taxa do lixo.

Após ter recebido a gestão do Município do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Abilio decretou estado de calamidade financeira e disse que o antigo gestor não deixou dinheiro suficiente em caixa para honrar os compromissos da prefeitura. Apesar disso, o novo prefeito garantiu que vai manter sua promessa de campanha, de acabar com a Taxa de Coleta de Lixo.

“A revogação da taxa de lixo será para a primeira semana da Câmara. Ela volta, acho que dia 2 ou 3 de fevereiro, então lá já vai estar o projeto. 'Mas, você está renunciando receita num momento de calamidade?' (...), a revogação da taxa do lixo não traz impacto imediato. Por quê? Porque não recebe R$ 26 milhões no início da gestão. São R$ 26 milhões no final do ano (...) Nós já vamos revogar porque até o final do ano as contas já estão em ordem e nós não precisamos preocupar com isso”, afirmou.

Com relação ao IPTU, Abilio afirmou que não irá aumentar o imposto porque seu objetivo é incentivar o cidadão a pagá-lo. O prefeito disse que já conversou com seu secretário de Orçamento Público, Marcelo Bussiki, sobre este assunto e o objetivo é promover a renegociação das dívidas dos cidadãos.

“Não terá aumento de IPTU. 'Ah, mas a gente está precisando melhorar a receita', sim, mas não podemos tentar melhorar a receita aumentando a inadimplência. Nós precisamos é oferecer mecanismos para (...) conter a inadimplência e melhorar a base da receita, então uma das coisas que a gente já está conversando com o Marcelo Bussiki são propostas de renegociação de dívidas passadas (...). Você quer renegociar o seu imposto atrasado? Paga o IPTU em dia e você vai conseguir renegociar o seu atrasado, para poder beneficiar o bom pagador também”.

Já com relação à tarifa do transporte coletivo, Abilio explicou que, conforme seus cálculos, não será necessário o aumento. Disse também que pretende mudar o modelo de cálculo e aumentar a fiscalização nas empresas, para que cumpram o que está estabelecido no contrato.

“Eu fiz as contas, não precisa. Não terá aumento na tarifa do transporte e nós vamos fazer uma atualização na recontagem do custo do transporte público (...). A tarifa do transporte público no município de Cuiabá, ela está sendo contada da seguinte forma: o custo do serviço de transporte público dividido pelo número de passageiros pagantes na catraca. Nós vamos reformular essa contagem será: o custo dos serviços de transporte público dividido pelos bilhetes vendidos. (...) Já demos a autorização até para que os fiscais de transporte público hajam. Ônibus de 11 anos, 12 anos não pode circular no município de Cuiabá, as empresas sabem disso, está no contrato”.