Um grupo de crianças amparadas pelo Projeto Casa Lar, assistido integralmente pela Prefeitura de Várzea Grande, recebeu ontem (16.04) a primeira-dama Jaqueline Guimarães e o promotor da Infância e Juventude do município, José Mariano de Almeida Neto. A visita foi realizada no abrigo infantil misto, da Avenida Couto Magalhães, onde os visitantes entregaram ovos de Páscoa às crianças e participaram de confraternização alusiva à data.
Ao todo, explicou Isis Kátia Novaes Haver, coordenadora do Programa de Abrigamento em Casas Lares do Município, são quatro unidades domiciliares mantidas pela Associação Beneficiente Vida Nova desde 2004, com apoio total da Prefeitura local. Cada casa comporta 10 crianças, divididas por faixas etárias, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente. São dois imóveis na Avenida Couto Magalhães, e os restantes no Jardim Paula I e São Judas Tadeu, onde residem os adolescentes (11 a 17 anos e 11 meses).
"Essas casas da Couto Magalhães acolhem crianças apenas de Várzea Grande, de 2 a 8 e 10 anos. No caso dos adolescentes, eles deixam o projeto quando completam 18 anos. Muitos são acolhidos por familiares. Deve ser destacado que o trabalho desenvolvido na Casa Lar é para que todos sejam reintegrados às famílias. Se a mãe e o pai não têm condições, procuramos avós, tios, irmãos e outros parentes. Há quem fique conosco, trabalhando remunerado", explicou Isis.
A primeira-dama, Jaqueline Guimarães, disse que se emociona a cada visita realizada nas unidades desse projeto subsidiado pelo município. "Você sente o carinho dessas crianças e comprova como são bem tratadas por todos. Elas têm tudo aqui, principalmente amor, atenção. Uma realidade adversa do passado, quando foram salvas e trazidas para o projeto. São crianças que sofreram maus-tratos, abuso sexual, abandono e toda sorte de violência. Agora, estão bem protegidas".
Jaqueline observou ser preciso motivar mais apoio da sociedade local à causa desenvolvida pela Associação Beneficiente Vida Nova. "A Prefeitura de Várzea Grande assumiu todos os encargos para que nada falte às crianças. Porém, acredito que podemos conseguir a adesão voluntária de entidades e pessoas. Vamos organizar uma reunião neste sentido. Ideias podem ser sugeridas e transformadas em prática construtiva para ampliar a grande ação humanitária consolidada pela entidade que representam".
O promotor José Mariano de Almeida Neto também disse estar feliz por constatar a seriedade empenhada do município em apoiar esse projeto. "Trata-se de um convênio de dimensão ilimitada, estabelecido entre a Prefeitura e a associação, entidade filantrópica sem fins lucrativos. Representa tudo para o futuro dessas crianças. Muitas chegaram aqui sem qualquer expectativa, perdidas, assustadas, depois de vivenciar infernos terrestres. Hoje estão serenas e confiantes no próprio futuro".