A juíza Cristhiane Trombini Puia Baggio, do Núcleo de Atuação Estratégica (NAE), marcou o julgamento de Altair dos Santos Cunha, Jair da Silva e Claudinei Ferreira Pontes para o dia 10 de julho, às 9h, no plenário da 1ª Vara Criminal. Eles são acusados de tramar o assassinato do frentista Lourival Serafim de Almeida, executado a tiros em um posto de combustíveis, no dia 12 de dezembro de 2011, em Cuiabá.
Consta nos autos que o Ministério Público (MPMT) denunciou Altair, Jair e Claudinei por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a denúncia, na tarde de 12 de dezembro de 2011, no “Posto Free”, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá, um adolescente de vulgo “Juninho”, a mando de Altair, atirou contra Lourival, que era frentista do posto.
Após o crime, a dupla fugiu em um veículo Fiat Uno branco, conduzido por Altair. Os colegas de trabalho de Lourival acionaram a polícia, que realizou diligências nas imediações e achou o veículo utilizado pelos criminosos. O adolescente fugiu e Altair foi preso em flagrante no carro. Com ele, foram encontrados R$ 1.625 em espécie.
Conforme o processo, Jair da Silva e Claudinei Ferreira Pontes teriam sido os intermediadores da morte de Lourival ao contratar o adolescente para a execução.
Interceptações telefônicas realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) demonstraram que o adolescente falou com Jair e Claudinei várias vezes, exigindo dinheiro para fugir e evitar que a polícia o localizasse.
O crime teria sido motivado pelo desejo de Altair em vingar a morte de seu irmão Hemerson dos Santos Silva, vulgo “Careca”, ocorrida em Chapada dos Guimarães. Hemerson foi morto pelos irmãos de Lourival, Nelson Serafim de Almeida e Catarino de Almeida.