O ‘Agosto Dourado’ simboliza uma campanha social pela maior consciência de papais e mamães sobre a importância do leite materno na alimentação dos primeiros anos de vida dos bebês. A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande promove, durante todo o mês de agosto, ações voltadas ao esclarecimento e importância do aleitamento materno, em todas as unidades básicas de saúde. Serão realizadas palestras, reuniões com as mães assistidas pelas unidades, reuniões com as futuras mamães, sempre respeitando as medidas de biossegurança, em consequência da Pandemia do novo coronavírus.
Segundo o superintendente da Atenção Primária em Saúde, Geovani Renfro, mesmo em tempo de pandemia, é importante que as unidades de saúde, que atendem as futuras mães no acompanhamento do pré-natal, desenvolvam ações com especialistas para informá-las sobre a importância do leite materno para a criança, que influencia no seu desenvolvimento de forma saudável e evita contrair doenças.
“O mês de agosto é conhecido como ‘Agosto Dourado’ por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. O leite materno é o primeiro alimento da nossa vida logo quando chegamos ao mundo. É através dele que o corpo se desenvolve e é fortalecido, para que as mais variadas doenças sejam evitadas. É um alimento crucial, pelo menos nos primeiros meses de vida, reduzindo assim o índice de mortalidade infantil, como divulga a Organização Mundial de Saúde, OMS. O aleitamento materno aproxima os laços da mãe com a criança. Por isso, vamos desenvolver ações e palestras para dar estas orientações. Cada unidade fará sua programação durante o mês de agosto”, explicou Geovani Renfro.
Geovani Renfro explica que estudos apontam que, além dos benefícios nutricionais que o aleitamento materno pode trazer para o bebê, esse gesto aproxima mais o elo entre a mãe e o filho e ainda melhora a saúde da mulher, principalmente quanto à ansiedade da mãe: Durante a amamentação, a mãe entra em completa sintonia com o bebê, que precisa de tranquilidade e calma para se alimentar. O momento, consequentemente, faz com que a mãe se acalme e desfrute da maternidade. "Aumenta a segurança, principalmente para as mamães de primeira viagem, tudo é muito novo e a insegurança aparece. Porém, quando amamenta, é perceptível a dependência que o bebê tem da mãe, criando forças para confiar e fazer o melhor pela criança", acrescenta ele.
De acordo com pesquisas, o aleitamento materno favorece o emagrecimento pois a amamentação também ajuda a voltar ao peso ideal. O ato gera uma queima de calorias (cerca de 700 Kcal por dia), porque a ocitocina, hormônio produzido naturalmente pelo corpo, aumenta as contrações uterinas, reduzindo a queima natural de gorduras localizadas.
As crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebê deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida. A partir dos 6 meses de idade, todas as crianças devem receber alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno. As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.
Diferente dos demais tipos de leites, o leite materno contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e as doenças. Segundo ainda o superintendente, o principal alerta sobre a importância do aleitamento materno é que o bebê recebe os anticorpos da mãe que o protegem contra doenças como, diarreia e infecções, especialmente as respiratórias. O risco de asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas, mesmo depois que elas param de mamar. A amamentação é, ainda, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.
A história da Semana Mundial de Aleitamento Materno e dedicação do mês de agosto no incentivo ao aleitamento materno teve início em 1990, num encontro da Organização Mundial de Saúde com a UNICEF, momento em que foi gerado um documento conhecido como “Declaração de Innocenti”. Para cumprir os compromissos assumidos pelos países após a assinatura deste documento, em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, sigla em inglês). Em 1992, a WABA criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno e, todos os anos, define um tema a ser explorado e lança materiais que são traduzidos em 14 idiomas com a participação de cerca de 120 países, incluindo o Brasil.