Cidades Segunda-Feira, 06 de Novembro de 2023, 08h:56 | Atualizado:

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PORTÃO DO INFERNO

Sem medidas preventivas, paredões podem desabar em MT

Alerta foi feito ainda em 2022 num relatório produzido pela Metamat

SILVANA RIBAS
A Gazeta

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Chico Ferreira

paredao chapada

 

O início do período de chuvas acende, novamente, um alerta no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, devido ao alto risco de acidente geológico (nível R4) no sítio do Portão do Inferno. O atrativo turístico está localizado a 16 quilômetros do município de Chapada dos Guimarães (62 km ao sul), situado às margens da rodovia MT-251. 

Relatório feito pela equipe técnica da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), em 2022, apontou o perigo e, até hoje, nenhuma das medidas preventivas, buscando evitar acidentes e uma possível tragédia no local, foram tomadas. Apesar do tráfego de veículos pesados ser proibido na região, ele ainda ocorre, como menciona o relatório, e contribui para a instabilidade, que aumenta o risco de deslocamento de solo das partes elevadas da encosta, bem como do desbarrancamento da pista. 

Ignorando o grande risco, a bela paisagem continua sendo parada quase obrigatória para viajantes e turistas. Conforme o relatório técnico, por ser uma escarpa (relevo de transição), sua inclinação é muito alta, sendo subvertical a vertical. Seu ponto mais alto atinge pico de 50 metros a partir da rodovia. 

A MT251 situa-se na encosta, tendo aproximadamente 80 metros de altura até a parte inferior, que se encontra reforçada por vigas e pilares de sustentação. Estas feições podem ser classificadas como Morros de Cristas e Encostas Ravinadas com Rampas Coluvionadas, sendo o seu “sopé”. No Portão do Inferno, a maior parte dos movimentos de massa presentes está ligada à força gravitacional, como queda de blocos e pequenos escorregamentos. 

Por ser mal planejada e executada, a rede de drenagem que flui em direção ao Portão do Inferno foi canalizada para passar por baixo da rodovia, o que coloca em risco as estruturas de sustentação, associado a mais um fator de risco, no caso a erosão. O relatório, composto por 44 páginas e vasto material fotográfico, inclusive com o emprego de drones, registra queda, que envolvem blocos e lascas de rochas em movimento de queda livre, sinais de rupturas no solo arenoso (trincas no asfalto) e o deslocamento do guarda-corpo da rodovia, entre outros.





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