As transformações do trabalho da Polícia Civil ao longo dos últimos anos são retratadas em uma campanha iniciada esta semana nas redes sociais. O primeiro vídeo, com cerca de 2 minutos, mostra o caráter técnico-científico do trabalho de investigadores e escrivães, bem como aponta as mudanças da nova Lei Orgânica nacional da Polícia Civil (Lei 14.735/2023). O assunto foi pauta principal de uma audiência pública realizada na terça-feira (18), na Assembleia Legislativa.
A campanha é assinada pelos sindicatos dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Sinpol/MT) e o de Escrivães (Sindepojuc/MT). Outros vídeos serão lançados na sequência, esclarecendo particularidades do trabalho policial e mostrando o que pode mudar com os ajustes da nova lei orgânica nacional.
“Queremos envolver a sociedade civil, o Parlamento, o governo estadual, todos, enfim, em uma pauta que mostra essa nova Polícia Civil que vem sendo estruturada nos últimos anos”, informa o presidente do Sinpol/MT, Gláucio Castañon. “Vamos mostrar o que já fazemos e onde iremos avançar ainda mais com as transformações”, avalia a presidente do Sindepojuc/MT, Cecília Monge.
Além das especificidades novas no trabalho da Polícia Civil, com novas atribuições técnicas e científicas, o fim dos cargos de investigador e o de escrivão, transformando-os em Oficial Investigador de Polícia, vem chamando a atenção. A mudança está prevista na nova lei orgânica nacional e já virou tema de discussões no Estado. Existem atualmente na ativa 2.175 investigadores e 771 escrivães.
Na avaliação de investigadores e escrivães, a nova Polícia Civil começou a ser configurada em 2004, quando no caso de Mato Grosso passou-se a exigir nível superior para ingressar na carreira policial. Em 2017, com a Lei Completar 507 os cargos de investigadores e escrivães passaram a fazer parte dos quadros de carreira superior da gestão pública estadual. E, no ano passado, aprovou-se a Lei Complementar 803 dando caráter técnico-científico às ações dos policiais civis, garantindo uma série de novas atribuições aos seus serviços.
Entre outros resultados, esse avanço técnico-científico tem permitido mais de 90% de resolutividade dos crimes de homicídio em Mato Grosso, enquanto a média nacional é de 40%. A recuperação de ativos através de bloqueios de ativos do crime organizado no Estado, também, proporcionalmente, é um dos maiores do país.
Mateus Ston
Sexta-Feira, 21 de Março de 2025, 15h47Toin José
Sexta-Feira, 21 de Março de 2025, 15h45