Cidades Quinta-Feira, 03 de Novembro de 2022, 19h:15 | Atualizado:

Quinta-Feira, 03 de Novembro de 2022, 19h:15 | Atualizado:

EXECUÇÃO NO SEMÁFORO

TJ cita desvios em sindicato e mantém prisões por morte de advogado em Cuiabá

Jurista foi morto após denunciar grupo

DIEGO FREDERICI
Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

padilha-advogadp.jpg

 

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a prisão de Adinaor Farias da Costa, acusado de ser o mandante da morte do advogado Antônio Padilha de Carvalho, morto em Cuiabá no mês de dezembro de 2019. Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do juiz convocado Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, relator de um recurso ingressado por Adinaor, que é ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias (Sintramm).

A sessão de julgamento ocorreu no dia 26 de outubro de 2022. A defesa do sindicalista alegou que seu cliente não possui “qualquer participação no crime”.

Adinaor teria agido em conjunto com Joemir Ermenegildo Siqueira, Rafael de Almeida Saraiva e Alisson Tiago de Assis Silva na morte. “Restou claro nas declarações do paciente Adinaor Farias da Costa não tem qualquer participação no crime, assim confirmando com as declarações das testemunhas arroladas no inquérito policial sendo que nenhuma delas confirma a participação do paciente no delito ora investigado simplesmente proferem conjecturas pessoais”, diz a defesa.

Em seu voto, o desembargador Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto entendeu não ser o caso de tirar Adinaor da prisão, lembrando que o crime teria sido motivado por suspeitas de desvios de recursos do Sintramm – que o advogado Antônio Padilha de Carvalho ajudou a fundar. “Nessa perspectiva, havendo indícios de desvio de recursos do Sindicato os quais revelam as condutas sociais do paciente e demais acusados, associado à gravidade concreta dos fatos, fica descartada a possibilidade de aplicação das medidas cautelares alternativas”, lembrou o desembargador.

O CRIME

Antônio Padilha de Carvalho foi morto em dezembro de 2019 após revelar desvios de recursos no Sintramm por ex membros da diretoria. A vítima e a esposa estavam parados num carro num semáforo do Jardin Leblon, em Cuiabá, quando duas pessoas numa moto emparelharam com o veículo e dispararam.

O advogado foi atingido na cabeça, pescoço e tórax, enquanto sua esposa sofreu ferimentos por conta de estilhaços. Ele movia uma ação em conjunto com outros membros do Sintramm, da qual é fundador, após descobrir desvios de recursos de membros da diretoria – como Adinaor Farias da Costa e Joemir Ermenegildo Siqueira.

O inquérito policial da execução conta com mais de 1.200 páginas. Interceptações telefônicas revelaram que “todos que atuavam no âmbito sindical sabem que Joemir e Adinaor foram os responsáveis por mandar matar a vítima Antônio Padilha de Carvalho, embora as testemunhas no âmbito dos depoimentos sejam temerosas em fazer essas afirmações por conta de possíveis represálias do grupo criminoso”.





Postar um novo comentário





Comentários (1)

  • Orlando

    Sexta-Feira, 04 de Novembro de 2022, 09h17
  • Cadeia neles. Deveriam ficar presos no mínimo por 30 anos.
    0
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet