Cidades Sexta-Feira, 01 de Outubro de 2021, 15h:56 | Atualizado:

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CHEFE DA QUADRILHA

TJ nega HC a contador acusado de latrocínio de advogado em MT

João Fernandes Zuffo está foragido há mais de 10 dias

WELINGTON SABINO
Da Redação

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Pedido de liminar em habeas corpus formulado pela defesa do empresário e contador João Fernandes Zuffo, foragido da Justiça há mais de 10 dias, foi negado pelo desembargador Gilberto Giraldelli, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ele é apontado investigado pelo latrocínio do advogado João Anaídes Cabral Netto, morto com um tiro na cabeça, no dia 17 de julho deste ano, num rancho situado no município de Juscimeira (157 km de Cuiabá).

Zuffo é apontado pela Polícia Civil como o chefe de uma organização criminosa composta por ladrões que vinham "tacando o terror" em várias propriedades na região Sul de Mato Grosso, a exemplo de Juscimeira e Rondonópolis (212 km de Cuiabá), cidade onde morava a vítima e também residência do empresário foragido.

Pelo latrocínio do advogado, que estava amarrado junto com outras vítimas e foi morto a tiros, a Polícia Civil já prendeu João Manoel Corrêa da Silva, Lucas Matheus da Silva Barreto e Ronair Pereira da Silva. O mandado de prisão relativo a João Zuffo segue pendente de cumprimento. Ele, na condição de foragido, contratou uma banca jurídica composta por três advogados da mesma família.

Como estratégia processual, a defesa optou em impetrar com habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça ao invés de convencer o cliente a se apresentar e prestar os esclarecimentos, uma vez que alega ser inocente das acusações. O habeas corpus passou a tramitar na 3ª Câmara Criminal tendo o desembargador Gilberto Giraldelli como relator.

Para o magistrado, é preciso ouvir antes o posicionamento do Ministério Público Estadual (MPE) e também do magistrado atuante na Vara Única de Juscimeira, responsável por decretar a prisão do investigado. “Também assim, prudentes, antes, as informações da autoridade tida por coatora e a coleta de parecer junto à Cúpula Ministerial, pelo que indefiro a tutela de urgência reclamada em prol do paciente João Fernandez Zuffo”, diz o despacho de Gilberto Giraldelli.

O CASO

De acordo com o delegado regional de Polícia Civil, Thiago Damasceno, as investigações ainda em andamento apontam a participação de cada um dos envolvidos, incluindo o empresário João Zuffo. "Já temos provas documentais, interrogatórios e perícias que evidenciam a participação e papel de cada envolvido na organização criminosa", afirmou o delegado.

Entre eles, está o caseiro do rancho, no loteamento Flor do Vale, próximo ao lago, onde foi registrado o latrocínio. De acordo o delegado que conduz o inquérito, as provas documentais e evidências apontam a participação de João Fernandes Zuffo como líder da organização criminosa que vinha praticando assaltos em vários imóveis rurais em municípios situados na região sul de Mato Grosso.

Em nota divulgada à imprensa, a defesa do empresário e contador nega que ele tenha participação no latrocínio e rechaça a tese de que ele chefia uma organização criminosa composta por assaltantes. Inclusive, a defesa criticou a operação da Polícia Civil deflagrada para cumprir mandados judiciais expedidos pela Justiça na investigação do latrocínio do advogado João Anaídes. Na versão da defesa, somente um funcionário do escritório de contabilidade de Zuffo teria participação no arrastão praticado no rancho onde o advogado foi morto com um tiro na cabeça.

Os advogados também apontam abuso de autoridade pela Polícia Civil. "Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado", diz trecho da nota.





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Comentários (1)

  • Mauro

    Sexta-Feira, 01 de Outubro de 2021, 18h39
  • Tem que ser preso junto com seus comparsas e pagar por tudo
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