O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, negou a devolução de um Toyota Corolla à Agnaldo G. Azevedo Transportes, empresa ré por envolvimento com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, principal alvo da Operação Mantus.
“Argumenta, em breve síntese, que a apreensão do veículo marca Toyota, modelo Corolla, ano 2013, ocorreu de forma equivocada, uma vez que o nome da empresa é o mesmo nome da pessoa física (sócio administrador), este sim destinatário do mandado de busca e apreensão, pelo que requereu a restituição”, pede a empresa.
Em decisão publicada nesta sexta-feira (16), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra lembrou que a operação “Mantus” - deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em 2019 -, revelou duas organizações criminosas que atuam no “Jogo do Bicho”.
Especificamente em relação à Agnaldo G. Azevedo Transportes, as investigações apontam para a suspeita da empresa constituir organização criminosa, exportar ao exterior produtos com origem no “Jogo do Bicho”, além de sequestro e extorsão.
“Mencionada inicial acusatória relata que o réu Agnaldo Gomes de Azevedo é responsável por gerenciar organização criminosa extremamente estruturada, com níveis de hierarquia entre seus integrantes e tarefas determinadas para cada agente, com o fim de obter vantagem patrimonial ilícita por meio da contravenção penal do jogo do bicho e da lavagem do dinheiro adquirido com a atividade ilícita”, analisou o magistrado.
OPERAÇÃO MANTUS
De acordo com informações do processo, a Operação Mantus foi deflagrada em 29 de maio de 2019 pela GCCO, e prendeu o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, além de outras 31 pessoas, em Cuiabá. Na residência de Arcanjo, os agentes de segurança encontraram R$ 200 mil em dinheiro vivo.
As investigações revelaram a existência de duas organizações criminosas, que utilizavam, inclusive, práticas de sequestro e tortura contra seus adversários, e que atuavam no jogo do bicho em Mato Grosso. Uma delas era liderada por João Arcanjo Ribeiro ("Colibri"). A outra tinha como líder o empresário, e também “Comendador”, Frederico Muller Coutinho, que estava à frente da "ELO". Assim como seu concorrente, Coutinho foi preso pelos policiais da PJC na GCCO.
A PJC também informou que, apenas no período de 1 ano, as duas organizações movimentaram em contas bancárias cerca de R$ 20 milhões – excluindo os valores que circulavam em dinheiro vivo. João Arcanjo Ribeiro chegou a ser preso na operação, mas foi solto no fim de setembro de 2019. Frederico Muller Coutinho também já se encontra fora da prisão.
Contribuinte indignado
Segunda-Feira, 19 de Fevereiro de 2024, 23h55Jao Pedra90
Domingo, 18 de Fevereiro de 2024, 08h58Alex
Domingo, 18 de Fevereiro de 2024, 08h39