Cultura Segunda-Feira, 09 de Dezembro de 2019, 00h:19 | Atualizado:

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Casal vende tudo e realiza sonho de visitar 30 países em um ano

 

GAZETA DIGITAL

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Morar fora do país sempre foi um sonho para o casal Talita Meurer e Renan Duarte. Há 4 anos eles começaram a traçar o roteiro de onde queria visitar e morar um tempo, juntaram dinheiro e caíram na estrada em novembro. Nascidos em Mato Grosso, eles moravam em Cuiabá há muitos anos e agora estão em Portugal, mas a meta é visitar 30 países em 2020 com a companhia inseparável da cachorra Lilo, famosa nas redes sociais.

Acostumada a viajar com o animal de estimação, Talita conta que desenvolveu um curso online esclarecendo sobre os documentos e procedimentos necessários para levar o pet nas viagens internacionais. Além de ajudar pessoas que querem levar o bicho, mas não sabem o que precisam fazer, o curso é uma fonte de renda que ajuda na manutenção do casal no exterior, somada à poupança que já tinham para a viagem.

Talita é arquiteta e conta que a vontade de viajar e residir em outro país era um sonho antigo, mas que o casal adiava por comodismo. Relata que ambos tinham uma vida confortável em Cuiabá e que essa estabilidade fazia com que adiassem a realização desse projeto.

“O click foi perceber que nos agarrávamos a uma estabilidade ilusória. Estávamos deixando a vida passar. A gente, na verdade, têm medo de correr o risco, de largar o certo pelo duvidoso, mas quando você para pra pensar, não existe 'certo' na vida. Empregos podem acabar, um bem que você trabalhou anos para comprar pode sumir, pegar fogo, ser roubado, a saúde pode ir embora de uma hora pra outra. Quando você se dá conta disso, ficar adiando seus sonhos não faz mais sentido”, conta Talita.

A arquiteta explica que a reserva financeira que juntaram em todos esses anos é o suficiente para mantê-los no projeto por algum tempo. Por enquanto, eles não têm um emprego e nem estão procurando porque não pretendem “fixar acampamento” em nenhum país. A ideia é permanecer em movimento. O roteiro contempla 30 países no próximo ano, que é o prazo pré-definido para a viagem.

“Nosso principal objetivo é não ter amarras. Foi por isso que vendemos tudo e resumimos o que temos em algumas malas. Se estiver legal, ficamos. Se não estiver, levantamos acampamento e seguimos”, relata.

Além de toda a vontade de conhecer o mundo que já fazia a parte da essência do casal, Talita admite que houve inspiração de algumas personalidades que seguem o estilo de vida viajante, como ela o marido também queriam. Ela cita o as páginas do Instagram Viajo Logo Existo, o Por aí de Kombi e também o livro “Trabalhe 4 horas por semana” como incentivadores da mudança. “A dica é: torne seu sonho uma meta! Nós não somos ricos! Nós apenas colocamos uma meta, fizemos um mapa, uma lista de pequenos objetivos a cumprir e não desistimos durante os últimos 4 anos. Às vezes parecia que não ia chegar nunca, mas chegou, e estamos aqui. Nunca desista de um sonho pelo tempo que levará para realizá-lo, o tempo irá passar de qualquer forma”, incentiva.

Talita conta que sempre viajou com sua cachorra Lilo. Mas nem sempre foi fácil. Sem informação de como proceder, a arquiteta já perdeu dinheiro para poder levar o animal nas viagens. Com o tempo e uma busca incessante por dados de como viajar com o pet, ela aprendeu “o caminho das pedras” e hoje ajuda outras pessoas que também não querem se separar do “melhor amigo”. Se mudar para outro país e deixar Lilo para trás não era uma opção.

"O curso é algo que surgiu depois que comecei a mostrar que viajar com cachorro era legal. Muita gente me procura porque quer fazer a mesma coisa e eu tentei ao máximo facilitar toda a burocracia pra as pessoas, porque na minha primeira viagem passei muito perrengue por não ter informação suficiente. Desperdicei dinheiro por não conhecer o processo e minha ideia principal era tornar tudo isso mais simples e deixar as pessoas mais seguras na hora de viajar com seus animais”, explica.

A viajante conta que as tratativas não são difíceis, mas burocráticas, pois a companhia aérea, Ministério da Agricultura e instituições regulamentadoras de cada país têm suas próprias regras e devem ser seguidas para que o animal siga viagem.

“Minha maior meta é mostrar que é possível, independente se a pessoa vai fazer o curso ou não. É bom ela saber que tem opções. Quando eu sonhava em morar fora, não conseguia pensar no que fazer com a Lilo. Quando descobrimos que era possível, eu criei coragem pra começar a planejar isso”, lembra.

O casal compartilha a viagem com a cachorra no Intagram Lilo Mochileira e quem se interessar pelo curso pode saber mais detalhes em Cão Mochileiro.





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