Pela primeira vez em Cuiabá, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) exibe o documentário “Pantanal”, nesta quinta-feira (12), às 14h, no auditório da Procuradoria-Geral da Justiça (PGJ). Produzido pela Environmental Justice Foundation (EJF), com uma hora de duração, o documentário mergulha na história do Pantanal – que sustenta comunidades locais, povos indígenas e uma biodiversidade única – e nos desafios impostos pela crise climática, pelas mudanças nas práticas agropecuárias e pela transformação do Cerrado, que têm impactado o ciclo hídrico da região.
O filme estreou em Campo Grande (MS) e será exibido também nesta terça-feira (10) na Embaixada da França no Brasil, em Brasília (DF). Ele traz a perspectiva de cientistas, líderes indígenas e comunidades locais, que revelam as ameaças enfrentadas pelo Pantanal e, ao mesmo tempo, traça uma alternativa esperançosa para o futuro do bioma.
“Após anos marcados por tragédias, como a seca severa e os incêndios catastróficos, estamos orgulhosos de apresentar um documentário que não apenas revela as causas profundas dos desafios enfrentados pelo Pantanal, mas também inspira a ação coletiva. É um chamado para que mais pessoas se juntem aos esforços incansáveis de quem já luta pela preservação desse bioma único", conta Luciana Leite, representante da EJF no Brasil e uma das ambientalistas que participam do documentário.
A exibição será seguida de um debate, no qual os presentes terão a oportunidade de conhecer os ambientalistas apresentados no filme e de ouvir entidades comprometidas com a proteção ambiental do Pantanal. O objetivo é apresentar e promover a discussão sobre o Pacto pela Restauração do Pantanal, iniciativa coordenada pelo Instituto Gaia, que contou com a colaboração de uma comissão composta por 42 entidades e instituições.
“A defesa do Pantanal e da comunidade pantaneira é essencial para preservar um dos biomas mais ricos e biodiversos do mundo, além de proteger o modo de vida de seus habitantes. Ações realizadas em conjunto por entidades como o Ministério Público, pesquisadores de universidades e demais instituições desempenham um papel crucial nesse processo. Essas iniciativas abrangem desde o monitoramento de queimadas e fiscalização de atividades ilegais, até a promoção de práticas sustentáveis e a conscientização da sociedade sobre a importância desse ecossistema único. Somente com esforços integrados é possível garantir a sobrevivência do Pantanal e o bem-estar das comunidades que dependem dele", acrescenta a promotora de Justiça Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, titular da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da capital.