Reprodução
Victor Fasano surpreendeu muita gente ao postar um vídeo em que apareceu nadando com duas onças pintadas num rio em Goiás. O ator e ambientalista de 61 anos está em visita e ajudando a divulgar as ações de proteção dos animais do Instituto Onça Pintada, e decidiu nadar com os bichos.
“Claro que tive cautela. Comecei a nadar devagar, mexi com o macho, que foi mais receptivo, a fêmea não queria nadar. Tudo foi feito na base das expressões corporais. Se a onça foca os olhos em você, já era. Se baixa a orelha e mostra os dentes, não é para se aproximar. Não tevce nada disso. Cheguei a apostar corrida nadando com o Tupã, o macho. Naquele momento em que mergulho, ele estava apoiado em mim, como se eu fosse uma muretinha. Só tive poucos arranhões, claro, mas medo algum”, relata.
Não é a primeira experiência de Fasano com as onças. Amante e ferrenho defensor dessa espécie, ele até foi homenageado dando nome a um filhote que apareceu pelos alojamentos da Fazenda Água Viva, no Mato Grosso. “A onça começou a rondar o lugar, eles ficaram preocupados, claro, é um local que tem moradores, crianças. Mas logo todos se adaptaram e a batizaram de Fasano. Hoje quando a onça chega eles dizem: ‘Deixa ela, não mexe, não, que é o Fasano’”, conta.
A paixão pela natureza, levou Fasano a se engajar ainda mais na luta contra a matança de onças na Região da Amazônia, que vem acontecendo com mais frequência e deixando muita gente estarrecida.
“Com o desmatamento, esses animais perdem seu habitat natural e procuram suas presas onde há plantaões ou fazendas de gado. São inúmeros quilômetros de fazendas em todo o Brasil e nessa região principalmente. Precisamos unir forças; Eu já briguei demais com fazendeiros a minha vida toda. Mas também precisamos deles e eles precisam se engajar na causa como nós”, justifica.
Com isso ele e o Instituto tentam convencer estes fazendeiros a não matarem as onças, mas protegê-las. Com isso, recebem um selo para os produtos que comercializam: “Já existem fazendas com este selo. E em vez de as pessoas só se manifestarem sobre a matança, vão poder optar entre comprar os produtos com este selo ou continuar comprando de quem mata e desmata”,