Os apicultores de Alto Araguaia (420 km ao sul de Cuiabá) e região não precisarão mais comprar caixas de colmeias em outro estado. Uma parceria entre a unidade prisional da cidade, Poder Judiciário, Rotary Club e o Conselho da Comunidade possibilitará que os criadores de abelhas adquiram as caixas no próprio município. Os produtos serão fabricados por reeducandos da unidade local e comercializados por R$ 80 aos profissionais, quase metade do valor das unidades adquiridas fora de Mato Grosso.
As madeiras utilizadas na confecção das colmeias são oriundas de apreensões realizadas pela Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar. Elas estavam armazenadas há muito tempo, sem destinação, e foram doadas pelo Poder Judiciário ao Rotary, que leiloou parte do material e com o dinheiro arrecadado adquiriu ferramentas para os reeducados trabalharem na marcenaria. A outra parte da madeira foi doada para o Conselho da Comunidade que designou à unidade prisional.
A fabricação das caixas deve iniciar até o final do mês de agosto, quando a marcenaria estará pronta. Conforme o diretor da cadeia, Djalma Alves Junior, o barracão para a atividade está finalizado. Ele explica que a proposta, a princípio, é destinar 10 reeducandos para esta nova frente de trabalho. Os presos serão beneficiados com remição da pena, como prevê a Lei de Execução Penal que determina que a cada três dias, um dia é descontado na pena recebida.
O dinheiro da venda das colmeias será aplicado na ampliação e melhoria da marcenaria e também na unidade.