A 1ª Vara Cível de Cuiabá autorizou o processamento da recuperação judicial do grupo HPar, que atua no setor de tecnologia da informação e acumula dívidas de R$ 19,7 milhões. Entre as empresas que fazem parte de seu plantel, esta a HPrint Reprografia e Automação, que no ano de 2014 também moveu um processo de recuperação judicial, com dívidas de R$ 24 milhões.
Em decisão publicada nesta terça-feira (25) o grupo HPar conta que atua no mercado desde 1995 na revenda de copiadoras, bem como no aluguel de equipamentos e suprimentos para reprografia, impressão e digitalização de papeis. A organização também presta serviços de implantação e manutenção de rede lógica e elétrica em edificações e instalação de redes externas de fibra óptica.
Entre seus projetos, conta o grupo, esta o “Piauí Conectado”, atuando na “construção, operação e manutenção de infraestrutura de transporte de dados, voz e imagem no Estado do Piauí”. O principal motivo para a derrocada nos negócios, conforme a HPar, está na falta de pagamento desde o ano de 2023 pelo Estado do Piauí.
“O Governo do Piauí iniciou um impasse no que concerne ao repasse dos valores referentes ao contrato público do projeto supracitado. Neste cenário, destaca que, mesmo cumprindo com suas obrigações contratuais, desde o mês de março de 2023, vem suportando as consequências de uma redução súbita e brutal de 65% sobre a contraprestação pública mensal que lhe é devida nos termos do contrato - R$ 8,6 milhões" reclama a empresa no processo. A HPrint, por sua vez, obteve uma decisão favorável do Poder Judiciário de Mato Grosso em maio de 2023, quando encerrou seu processo de recuperação judicial.
O juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, observou que a HPrint também moveu um processo de recuperação judicial, porém, num período de mais de 5 anos antes da HPar - exigência para processos desta natureza em relação à empresas do mesmo grupo. “Em relação à empresa HPrint, os requerentes informam que a recuperação judicial foi concedida há mais de 05 anos, de modo que não obsta o presente pedido de recuperação judicial”, diz o parecer da constatação prévia no processo reproduzido pelo juiz em sua decisão.
Com o processamento da recuperação judicial, o grupo HPAR fica 180 dias “blindado” de ações de cobrança das dívidas arroladas no processo. Em até 60 dias a organização deve apresentar sua proposta de pagamento de débitos.
Herculano de Sousa Almeida
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