As exportações de Mato Grosso recuaram 14,5% no 1º bimestre de 2014. Aproximadamente US$ 1,797 bilhão foi embarcado em produtos no período, contra os US$ 2,102 bilhões alcançados em igual intervalo de 2013, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Com 28,4% da demanda, a China foi a principal cliente do Estado no início do ano, seguida pelos Países Baixos (Holanda), o Irã e a Argélia. Essa baixa no período é reflexo das chuvas, na avaliação da economista, Edijeide Fernandes Freitas, que aponta mudanças nesse cenário. “Como a colheita foi tardia, devido ao excesso de umidade, os fatores climáticos influenciaram porque a soja é a base das exportações do período e estava com problemas. Agora você vê que a exportação “decolou”. Acredito que a diferença de 14,5% seja apenas sazonal porque não houve retração na demanda. O resultado vai ser recuperado no próximo bimestre. Pode bater recorde em março e abril”. A especialista ressalta ainda que mesmo com a retração de preço em relação à soja, houve elevação do milho, da carne e do café. 

IMPORTAÇÕES

Assim como nas vendas, as compras de Mato Grosso retraíram 14,67% no balanço do 1º bimestre. Nas importações, o Estado desembolsou US$ 219,165 milhões, enquanto que no ano passado, o montante chegou a US$ 256,844 milhões.

Os principais fornecedores do Estado foram Espanha, Estados Unidos, China e Rússia.Diferentemente das exportações, que foram adiadas por causa da chuva, para a economista a antecipação de compras dos insumos agrícolas - principal produto importado por Mato Grosso, foi responsável pela baixa dos desembarques percebidos desde de novembro. Edijeide explica que houve uma aceleração de consumo em outubro passado porque o dólar começou a disparar. A especialista lembra que naquele mês a moeda norte-americana estava em torno de R$ 2,28. Agora, gira entre R$ 2,43 e R$ 2,45. No início do ano, estava em R$ 2,19.

Para a especialista, os números deverão fechar diferente em março por causa das com-pras de defensivos para o plantio de inverno.