O comércio mato-grossense prevê um Dia das Mães “magro” este ano. Em grandes cidades do Estado, o crescimento esperado nas vendas varia entre 2% e 5%. Em Várzea Grande, segundo o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, Jean Ibrahim Rassi, a perspectiva mais otimista é ficar entre 5% e 8% de expansão, enquanto o ideal seria ultrapassar 10% de aumento. “A mobilidade urbana está comprometida, isso é público e notório, mas ocorre também que o brasileiro está muito endividado. As pessoas que estão prevendo compras para o Dia das Mães levarão presentes mais em conta”, avalia, lembrando que as despesas de início de ano (educação, IPTU, IPVA, etc) ajudaram a apertar o orçamento.
A presidente da CDL Rondonópolis, Eliane do Rocio Queiroga, revela que não sabe ao certo o que aconteceu, mas os consumidores ainda não apareceram e já perdeu a esperança de superar os resultados do ano passado, quando a venda foi aquecida, sobretudo para produtos de valor agregado. “As lojas da linha branca, de celular e tablet venderam muito e, este ano, estão chorando. Se o valor do presente cai, como estamos vendo, eles são os primeiros que sentem. Eu sou otimista: 2%. Se empatar em relação ao passado, está de bom tamanho”. A esperança, segundo Eliane, é aguardar os clientes de última hora. Para isso, a maioria das lojas estenderá o horário de funcionamento no município hoje até às 20h e no sábado até 18h.
Na Capital, o resultado o movimento esperado para a data também é baixo. Para o presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto, deverá ser de 2% acima de 2013, já deduzida a inflação. “Não há mais como falarmos em vendas e resultados sem lembrar da inflação. Seja ela 5%, 6% ou 7%, a verdade é o resultado das vendas das empresas”, acrescenta ele, lembrando que neste cenário “2% é uma boa estimativa”.
Na opinião de Gasparoto, recorde mesmo acontecerá na venda de flores. O Dia das Mães é a data mais significativa para este segmento, gerando um aumento que pode variar de 150% a 200%. Apesar das boas previsões, Ednauva Nogueira, está preocupada. Funcionária da Floricultura América, ela conta que o movimento ainda está parado. A loja tem vários pedidos de botões de rosas feitos por empresas e escolas, mas os clientes que escolhem flores para presentear a mãe e a sogra ainda não fizeram a encomenda. Eles são esperados até às 15h de domingo. Como manda a tradição, a floricultura abrirá as portas, excepcionalmente, na data para atender os filhos atrasados.