O deputado Mauro Savi (PR) voltou a se reunir com dirigentes da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para tratar sobre a Hidrelétrica Colíder. Dessa vez a pauta da reunião foi as reivindicações feitas pelos pescadores da região, que buscam uma compensação financeira da empresa sob o argumento da redução do pescado após o início das obras da usina, em 2011. Representantes dos pescadores também participaram da audiência.
“O que estamos tentando é encontrar uma solução de comum acordo entre a Copel e os pescadores. Vamos ouvir os dois lados e tentar auxiliar na busca por essa solução, pois se os pescadores estão sendo prejudicados, alguma coisa deve ser feita para equacionar a questão”, ponderou Mauro Savi.
De acordo com o advogado dos pescadores, Ricardo Zeferino Pereira, os pescadores buscam na justiça uma compensação financeira pela redução do pescado desde o início das obras até o momento em que a qualidade da água voltar ao normal. “Em Colíder e Nova Canaã a redução do pescado foi de cerca de 70%”, afirmou o advogado.
A redução, de acordo com os pescadores, foi comprovada através da Declaração de Pesca Individual (DPI) e da experiência dos pescadores. Ainda conforme o advogado, ao todo 78 pescadores que estão na área de influência do empreendimento estão pleiteando a compensação.
A Copel, por sua vez, argumenta que não há comprovação científica a respeito da redução do pescado alegada pelos pescadores. De acordo com o diretor presidente da Companhia, Sérgio Luiz Lamy, só é possível uma indenização imediata com a comprovação e quantificação do dano. “O que definimos na reunião foi a elaboração de um plano de trabalho para tentar identificar uma possibilidade de acordo”, resumi u Lamy. “Temos que saber se o dano realmente existiu e quem foi prejudicado”, completou.
Os dirigentes da Copel argumentam ainda que a implantação da usina em Colíder inclui também o desenvolvimento de 32 programas socioambientais, com o objetivo de evitar, mitigar e compensar as alterações que poderão ocorrer nos ambientes social e natural da região atingida pela obra.
Porém, os pescadores alegam que a empresa, até o momento, não ofereceu nada que pudesse compensar o prejuízo alegado.