O juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, manteve o bloqueio de R$ 52 mil contra a Imagem Eventos, empresa suspeita de um golpe em formandos de cursos da área da saúde do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), na região metropolitana. Segundo informações do processo, formandos dos cursos de medicina, nutrição, odontologia e enfermagem da Univag pagaram a empresa por sua festa de formatura, que deveria ocorrer em fevereiro de 2025.
A empresa, entretanto, não prestou o serviço, deixando os formandos, famílias e amigos, sem o evento. Uma das formandas do curso de medicina entrou com um processo contra a empresa, que sofreu um bloqueio liminar de R$ 52 mil.
A organização ingressou com um recurso alegando que a restrição também atingiu seus equipamentos, o que a impediria de continuar atuando na área de eventos. Uma operação policial cumpriu a ordem de sequestro de bens, segundo a Imagem Eventos. “A parte autora alega, em síntese, que tomou ciência de medidas constritivas efetivadas mediante operação policial em sua sede; as ordens foram emanadas de juízo diverso daquele competente para a recuperação judicial; os bens arrestados seriam essenciais à continuidade das atividades; a medida violaria o princípio da preservação da empresa e a competência do juízo universal da recuperação”, alega a Imagem e Eventos.
O pedido de recuperação judicial da empresa, de fato, tramita na 1ª Vara Cível de Cuiabá, onde despacha o juiz Márcio Aparecido Guedes. O magistrado lembrou em decisão da última segunda-feira (24), no entanto, que o processamento dos autos ainda não foi autorizado pois a organização não apresentou documentos necessários, nem informou sua dívida real com os credores.
“No caso concreto, o pedido de recuperação judicial, está pendente de cumprimento da decisão. Logo, neste momento processual, é juridicamente impossível aferir que os bens atingidos integram o ativo essencial da parte autora, de forma que a concessão da tutela de urgência, em sede precária e sem o contraditório, implicaria ingerência prematura em decisão de outro juízo”, explicou o juiz.
Após o calote da organização, alunos denunciaram que os responsáveis pela Imagem Eventos teriam “fugido” do Brasil. No processo de recuperação judicial, a empresa narra que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) prejudicou os negócios.
Marcão, o fódão.
Quarta-Feira, 26 de Março de 2025, 17h21