A Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A ajuizou nesta quinta-feira três interpelações judiciais contra o servidor público Antônio Wagner Nicácio de Oliveira, presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), solicitando que ele preste explicações sobre declarações públicas feitas sobre a empresa e de seus diretores. A organização questiona as alegações do presidente da entidade, de que 100% dos contratos de crédito consignado firmados pela empresa teriam sido fraudados.
Antônio Wagner afirmou, em entrevistas, que haveria “preocupação que exista um banco cometendo fraude em larga escala e que, mês a mês, mais de 12 mil servidores poderiam estar sendo objeto de fraude nesses contratos feitos, porque, por amostragem, 100% dos contratos que nós tivemos acesso do Banco Capital tinham fraudes no valor do contrato com o valor depositado no servidor”. A Capital Consig sustenta que tais alegações não condizem com os dados apurados pela Controladoria Geral do Estado (CGE/MT), que, em auditoria realizada, constatou divergências em apenas 39 contratos, de um universo definido em amostragem.
O relatório da CGE concluiu que não houve irregularidades que justificassem a instauração de Processo Administrativo de Responsabilização, destacando que a empresa apresentou defesa e adotou plano de ação para correção dos problemas técnicos identificados. Em outra interpelação, ajuizada em maio, amplia o escopo, incluindo declarações feitas por Antônio Wagner em entrevista ao programa “Debate com Onofre Junior”, na TV Cidade Verde.
Nessa entrevista, o presidente do Sinpaig insinuou que a Capital Consig e seus diretores estariam envolvidos em esquemas fraudulentos relacionados a empréstimos consignados, estelionatos, fraudes no INSS, crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, lavagem de dinheiro e até ameaças. Wagner também mencionou supostas conexões entre a empresa e casos de homicídio envolvendo advogados no Estado.
A Capital Consig refuta veementemente tais alegações, reiterando que não há indícios de fraudes sistêmicas ou crimes envolvendo a empresa, conforme comprovado por auditorias da CGE/MT e pelos esclarecimentos apresentados no processo administrativo. A empresa lamenta a tentativa de politização do tema, frisando que colabora com transparência com os órgãos competentes e que mantém uma estrutura sólida de compliance e regularidade junto ao Banco Central do Brasil.
As interpelações solicitam que Antônio Wagner explique em juízo as alegações proferidas, detalhando, entre outros pontos, os fundamentos de suas acusações, a suposta relação da empresa com esquemas fraudulentos e as declarações sobre ameaças. Para a empresa, “a medida tem por objetivo esclarecer ou positivar o exato sentido da manifestação de pensamento do requerido e franqueia a oportunidade de esclarecer a sua verdadeira intenção”.
Caso as explicações solicitadas não sejam prestadas ou sejam consideradas insatisfatórias, os interpelantes poderão adotar medidas judiciais, como o ajuizamento de ação penal ou pleito de indenização por danos morais.
Renato
Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 10h41Nice
Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 08h54Moisés
Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 08h43Servidor querendo justiça
Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 01h25Taig
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 22h27