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O empresário Eder Augusto Pinheiro, proprietário da Verde Transportes, pediu a devolução de seu passaporte para visitar o casal de filhos, que residem na Europa. Ele é um dos alvos da operação “Rota Final”, que apura um esquema entre donos de empresas de ônibus e políticos de Mato Grosso que teriam “sabotado” a concessão do transporte público intermunicipal de passageiros no Estado por quase duas décadas.
Eder Pinheiro alega em seu pedido que entregou seu passaporte de forma espontânea e conta que não vê os filhos “há muito tempo”. Ele revela que a filha mora na França e o filho estuda na Itália.
O pedido do empresário está sob análise da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, que ainda não tomou uma decisão sobre a devolução. A operação “Rota Final” revelou um verdadeiro lobby entre políticos e empresários mato-grossenses para “barrar” a concessão do transporte intermunicipal de passageiros em Mato Grosso.
Sem regras impostas pelo Poder Público (concessão), as viações de ônibus basicamente “fazem o que querem” na prestação do serviço, uma vez que mantêm apenas contratos precários com a administração pública, sem estudos fundamentados.Além da Verde Transportes, as empresas Viação Juína Transportes Eirelli, Empresa de Transporte Andorinha S/A, Viação Xavante Ltda e Viação Motta Ltda – e também o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, bem como o ex-parlamentar Pedro Satélite -, também são investigados na operação.
Uma das iniciativas do grupo foi a criação de uma comissão, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em 2015, para realizar um “estudo” sobre serviços de transporte rodoviário de passageiros no Estado. A comissão, porém, foi criada atendendo a uma demanda de empresários do setor, que tinham interesse na manutenção dos contratos de suas empresas de transporte.
Segundo os autos, o relatório final desta comissão – que tinha presidência e relatoria de Pedro Satélite e Dilmar Dal Bosco, respectivamente -, e que recomendou a manutenção dos contratos precários das empresas de ônibus, sequer foi assinado pelos então parlamentares. O Ministério Público do Estado (MPMT) aponta que representantes das empresas de ônibus, capitaneadas pelo Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (Setromat), “elaboraram” o documento.
O ex-presidente da organização, Júlio César Sales Lima, foi apontado como à frente da iniciativa. Eder Augusto Pinheiro “nadou de braçada” com suas empresas de ônibus - Verde Transportes à frente. Sem regulação do Estado, cobrando o preço que quisesse nas passagens, e oferecendo serviços de qualidade questionável, o empresário faturou nada menos do que R$ 409,3 milhões só entre 2013 e 2017.
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