No próximo dia 26 de agosto, o governo de Mato Grosso lança o novo programa de benefícios fiscais, o Invest MT, que pretende inverter a lógica de apenas conceder benefício fiscal e exigir o devido retorno, principalmente no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das regiões e municípios atendidos, com a redução da carga tributária, incentivos fiscais e até mesmo obras em parceria com o poder público.
O evento de lançamento do novo programa de benefícios fiscais que centralizará esforços na diversificação de políticas de atuação com as duas agências do Estado de Mato Grosso, a de fomento, MT Fomento, e a de desenvolvimento, MT PAR, acontecerá juntamente com a realização da reunião do MBC (Movimento Brasil Competitivo), do empresário Jorge Gerdau Johannpeter.
O governador Pedro Taques participou como senador e antes da posse como governador de evento da MBC em São Paulo e defendeu junto a Jorge Gerdau que o MBC fosse ampliado para todas as regiões do Brasil, principalmente no Brasil Central, que reúne seis governadores de Estados que respondem pelo segundo maior Produto Interno Bruto – PIB do Brasil.
“Temos que reunir todas as reais possibilidades de regras legais mais claras e eficientes para que os recursos públicos atendam ao máximo de pessoas e obtenham resultados expressivos nas cidades e regiões. Temos que pensar Mato Grosso por inteiro sob pena de se criar bolsões de pobreza diante de ilhas de prosperidades restritas a algumas cidades”, tem repetidamente pregado o governador Pedro Taques.
Pela manhã de ontem, o governador Pedro Taques (sem partido) recebeu uma comitiva de empresários chineses, acompanhados pelo empresário Erai Maggi e pela direção da AMPA – Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão, que mantém a avidez em investir em Mato Grosso, mas apontam para a necessidade de uma maior reciprocidade das autoridades públicas nacionais e estaduais para os investimentos orientais.
“São empresários do setor têxtil que desejam investir em Mato Grosso, mas querem conhecer as regras da competitividade, pois o Brasil não consegue fazer frente ao custo da mão de obra que é infinitamente mais barato em países conhecidos como Tigres Asiáticos como a Tailândia”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo.
Paludo sinalizou que um benefício que estaria ao alcance do governo do Estado e sua política seria a redução no custo da energia elétrica, que compensaria muito mais do que os custos com a mão de obra de uma maneira em geral.
Mesmo Mato Grosso sendo o maior produtor do país de algodão in natura, o secretário Seneri Paludo explicou que somente este atributo não justificaria a implantação de uma grande indústria em Mato Grosso, ainda mais com investimentos internacional chinês, por isso a necessidade de se procurar outras opções, sendo a mais provável a questão da redução da carga tributária da energia elétrica com outros tipos de benefícios.
solange coituio
Quarta-Feira, 19 de Agosto de 2015, 10h38