Economia Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 10h:58 | Atualizado:

Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 10h:58 | Atualizado:

BURACO SEM FIM

Estado prevê pagar R$ 64 bilhões em salários dos servidores até 2023

Receita para os próximos quatro anos será de R$ 89,7 bilhões

Da Redação

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O governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), apresentou em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta segunda-feira (21.10), o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2020-2023.

No total, a proposta contempla R$ 89,7 bilhões de recursos para os próximos quatro anos, entre gastos com pessoal, custeio da máquina pública e investimentos, para todos os Poderes e órgãos autônomos do Estado. A média anual da receita e da despesa é de R$ 22,4 bilhões.

Já as despesas com pessoal e encargos representam R$ 64,1 bilhões do orçamento total previsto para o PPA 2020-2023. Os juros da dívida, o custeio da máquina pública (outras despesas) e a amortização da dívida compreendem gastos estimados de R$ 1,2 bilhão, R$ 17,1 bilhões e R$ 1,9 bilhão, respectivamente.

Para a saúde, a educação e a segurança pública, áreas consideradas prioritárias para o governo, serão destinados R$ 37 bilhões de recursos. Comparado ao valor executado no PPA anterior, que totalizou R$ 28,4 bilhões nessas áreas no período, o Plano Plurianual 2020-2023 irá direcionar uma aplicação 30% maior.

Na saúde o projeto prevê uma programação de recursos na ordem de R$ 8,4 bilhões – valor 22,36% maior do que no quadriênio anterior. Para a educação, a proposta é de R$ 13,9 bilhões – cifra 27,74% maior. Enquanto na segurança pública houve um acréscimo de 14,54%, que representa um total de R$ 14,7 bilhões. 

Os investimentos também cresceram de forma considerável e ficam com a fatia de R$ 5,14 bilhões. Segundo dados da Seplag, no PPA 2016-2019 foram executados R$ 2,85 bilhões em investimentos. Para os próximos quatro anos o valor programado é 80,2% maior.

De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão de Mato Grosso (Seplag), Basílio Bezerra, o aumento de recursos que serão investidos pelo Estado nos próximos anos é resultado de uma série de medidas adotadas pela atual gestão para alocar melhor o dinheiro público.

“Além da revisão dos incentivos fiscais de Mato Grosso que possibilitará maior segurança jurídica, isonomia fiscal, com consequente aumento da arrecadação; temos a nova lei do Fethab que otimizou a forma de arrecadar tal contribuição, bem como destinou boa parte dos recursos para investimentos”, comentou o gestor.

O secretário destacou, ainda, que para o próximo quadriênio houve um aumento significativo de 160% nos recursos próprios (Fethab, Tesouro estadual e fundos de órgãos) para a realização de investimentos. No PPA passado (2016-2019), a maioria dos investimentos foi bancada por recursos de operação de crédito/empréstimo, afirmou. A Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), a MT PAR, e as Secretarias de Educação (Seduc), Saúde (SES) e Segurança Pública (Sesp) são os órgãos que possuem o maior volume de recursos para investimento. Juntas elas somam R$ 3,6 bilhões.

O PPA é um planejamento de médio prazo que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos ao longo de um período de quatro anos e que deve ser realizado por meio de lei.  É ele que faz o vínculo entre o plano estratégico do governo e o orçamento de cada ano.

Na ALMT, a proposta ainda passará por mais uma audiência pública antes de ir para a votação dos deputados, que têm até dezembro para aprovar o projeto de lei. Depois de aprovado, o projeto volta para o Executivo estadual para sanção do governador e publicação como lei. A próxima audiência está marcada para o dia 29 de outubro, às 15h.

Participação social

Com o objetivo possibilitar a participação popular no planejamento do Estado, em agosto deste ano o Executivo estadual realizou, pela primeira vez, uma audiência pública ainda na fase de formulação do PPA. O evento foi transmitido em tempo real para todo Mato Grosso pela TV da Assembleia Legislativa.

Em abril, a Seplag também promoveu pela internet uma consulta pública para saber a opinião dos mato-grossenses sobre as prioridades da administração pública estadual para o período. A ação foi inédita e contou com mais de 400 participações.

“Essas audiências fazem parte de um processo de participação popular, no qual o Estado chama a população para dar a sua opinião tanto na fase da elaboração, quanto da análise do projeto de lei. Nós fizemos ao longo desse processo, que já tem aí praticamente um ano, várias ações com o intuito de promover a aproximação entre o cidadão e o governo, para que ele apresente quais são as suas reais necessidades”, comentou o secretário adjunto de Planejamento e Gestão de Políticas Públicas da Seplag, Anildo Correa.

Segundo ele, outra inovação deste processo foi levar a própria equipe técnica das secretarias do governo para apresentar seus produtos durante a audiência. A apresentação desta segunda-feira foi feita pelas equipes da Segurança Pública (Sesp) e da Educação (Seduc). Na próxima semana será feita pela Saúde (SES) e Infraestrutura (Sinfra), e a ideia é levar outros gestores para que possam discorrer sobre as demais áreas.

Eixos estratégicos do PPA 2020-2023

Conforme o projeto de lei, o PPA 2020-2023 tem suas ações organizadas em quatro eixos estratégicos. Três desses eixos são de atuação do Poder Executivo e um é específico e foi criado para os demais Poderes e órgãos autônomos. O eixo Programas e ações padronizados trata das despesas relativas à manutenção administrativa, aos serviços prestados pelos órgãos e às operações especiais dos Poderes e órgãos autônomos. Caracterizando-se como eixo não finalístico.

Ao todo, 61 programas devem nortear a organização e a priorização das ações governamentais. Desses, 37 são programas finalísticos (resultam em bens e/ou serviços ofertados diretamente à sociedade), e 24 de gestão, manutenção e serviços (destinados à estrutura e organização do Estado). Confira abaixo a distribuição de valores por eixo.

Qualidade de vida para os mato-grossenses - Neste eixo as ações buscam melhorias nas políticas públicas voltadas ao cidadão, de maneira que a atuação estatal tenha seu foco em pessoas: seus direitos, suas necessidades e suas perspectivas de desenvolvimento. Total do eixo estimado em R$ 7,3 bilhões.

Mato Grosso Desenvolvido e Sustentável - Já neste eixo as ações visam a aumentar a competitividade e a performance econômica do Estado, mas sempre aliadas à conservação ambiental dos biomas mato-grossenses e dos recursos naturais. Total do eixo estimado em R$ 4,7 bilhões.

Gestão pública moderna eficiente - Neste o foco é a organização das ações do próprio Estado, de forma comprometida com a eficiência e com o equilíbrio fiscal. Total do eixo estimado em R$ 1,0 bilhão.

Atuação dos demais poderes e órgãos - Devido à independência entre os Poderes e a autonomia dos órgãos inseridos neste eixo, seus objetivos estratégicos constam de seus próprios planejamentos. O total das ações finalísticas desse eixo foi estimado em R$ 932,9 milhões.

Programas e ações padronizados - Eixo não finalístico. As despesas relativas à manutenção administrativa, aos serviços prestados pelos órgãos e às operações especiais, por possuírem caráter continuado e serem comuns às entidades do Executivo estadual, bem como aos demais Poderes e órgãos autônomos, constituem um eixo específico na programação. Total do eixo estimado em R$ 75,6 bilhões.

Poderes e órgãos autônomos

A distribuição prevista no projeto de lei do PPA 2020-2023, para cada Poder e órgão autônomo do Estado, ficou assim definida:

PODER/ÓRGÃO

VALOR (R$)

Poder Executivo - 76.709.514.933,51

Demais Poderes e órgãos autônomos - 13.040.360.362,13

TOTAL

89.749.875.295,97

 





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Comentários (16)

  • Cida

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 20h04
  • Engraçado esta reportagem tem um único objetivo que e desmontar o servidores públicos e torna- lós capacho mas quem mais gasta são os poderes apenas 24 deputados tem um orçamento maior que o município de Sinop que prove 80 mil habitantes e os poderes tanto MP e tribunais pagam tudo inclusive VI e RGA só o executivo que fica jogando a sociedade contra servidores públicos então comece a trabalhar 3mil cargos comissionados e inclusive com jetons polpudos e VI livres de irref e como explicar 8 bilhões de renúncia fiscal depois e servidores me poupe só não vê quem não quer prega desgraça por que não tem competência Chama o eX Governador Silval Barbosa se não sabe administrar pede pra sair se quebrou a própria empresa que dirá um Estado continental.
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  • Ggm

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 15h11
  • Quem produz e contribui, não se manifesta.
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  • Indignado

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 14h56
  • Que manchete mais tendenciosa,imagino que este site e demais veículos de comunicação deste estado consiga se manter sem ter seus funcionários seus colaboradores?Só que diferentemente dos funcionários da imprensa os SERVIDORES públicos devolvem em forma de impostos quase a metade do que ganham,E sem os servidores o estado para.
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  • carlos couto

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 14h38
  • E QUE BURACO.
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  • alexandre

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 14h33
  • se somar os duodecimos, dá bem mais...
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  • carlos couto

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 14h14
  • Este valor não é SÓ com folha dos funcionários Públicos de Mato groso, a Matéria esta errada ou é tendenciosa, este valor e com as despesas total da MÁQUINA DO GOVERNO.
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  • ANA ELZA

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 13h10
  • BURACO SEM FIM? NÃO ENTENDI ESTA MATERIA. COMO ASSIM? O ESTADO É MOVIDO POR UMA MAQUINA ADMINISTRATIVA QUE SÃO OS SERVIDORES.
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  • F?bio

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 12h01
  • "BURACO SEM FIM" Estado prevê pagar R$ 64 bilhões em salários dos servidores até 2023- As vezes é difícil aceitar esse tipo de noticia. O Estado necessita dos servidores públicos. E por isso, temos o concurso público, para evitar que os gestores façam da Administração Pública cabide de emprego. Mauro Mendes e sua equipe não gosta de servidores públicos. Não conseguem entender que o servidor é de grande relevância para o Estado. Quem faz atendimento no Hospital? Segurança Pública? Representa o Estado? O servidor! Vamos trabalhar, fiscalizar os gastos, verificar essas licitações de obras atuais e antigas em MT. Isso sim é dinheiro jogado fora! A corrupção, desvio de verbas. Estimular o servidor a melhorar o serviço prestado, trabalhar com eficiência e economia. Agora ficar durante o mandato só falando em pagamento de servidor? Mauro Mendes não faz um concurso? e Pq contratações sem concurso público ele está fazendo em vários setores. Sob a justificativa de não ter dinheiro, muito contraditório.
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  • Jader

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h37
  • Buraco sem fim é a corrupçâ! É o servidor que realiza as políticas públicas, sem ele não tem segurança, educação, saúde, ou seja, não haverá nada.
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  • orlando

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h36
  • OS DEPUTADOS E GOVERNO TERÃO O MESMO DESTINO DE TAXI. ESPERE E VERÁ
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  • RENATA

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h35
  • João da Silva, não seja alienado, O DUODÉCIMO AUMENTA TODO ANO E VC ACHA QUE O PROBLEMA É O EXECUTIVO?
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  • comentarista de rede social

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h32
  • Não está fazendo mais do que a obrigação, se trabalhou tem que receber.
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  • Antonio

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h28
  • Simplesmente sem esses valores do salário dos funcionários públicos como o governo iria arrecadar pois esse dinheiro volta tudo para os cofres do governo e a maior fonte de renda de imposto vem dos salários dos funcionários públicos principalmente do executivo.
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  • Jo?o da Silva

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h22
  • Maior parte gasto com salários da educação, segurança e saúde
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  • Jo?o Antonio

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h19
  • Não se esqueçam que no mínimo 40% retorna ao Estado, pois os servidores pagam impostos e fortalece o comercio local
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  • andre

    Quarta-Feira, 23 de Outubro de 2019, 11h09
  • KKKKK, E OS "JETONS" DOS AMIGOS DO REI E OUTROS PENDURICALHOS? Mauro Mente com esse discurso demagogo generalizando todos os servidores públicos com o único propósito de jogar a população contra os servidores públicos, e o pior, é que esse povo acebolado acredita.
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